Polícia Civil apura suspeita de irregularidades financeiras envolvendo o São Paulo

Inquérito tramita sob sigilo e inclui apuração sobre exploração irregular de camarote no Morumbis.

Publicado em 22 de dezembro de 2025 às 13:04

São Paulo entrou na mira da Polícia Civil - 
São Paulo entrou na mira da Polícia Civil -  Crédito: Redes sociais

O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC), ligado à Polícia Civil de São Paulo, instaurou nos últimos meses um inquérito para apurar indícios de possível desvio de recursos relacionados ao São Paulo Futebol Clube. A investigação corre em segredo de Justiça.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado confirmou a existência do procedimento investigativo. Já o São Paulo informou oficialmente que não foi notificado sobre qualquer apuração em andamento e afirmou estar à disposição para colaborar com as autoridades caso seja formalmente acionado.

Além da apuração sobre eventuais irregularidades financeiras, a Polícia Civil também recebeu do Ministério Público uma recomendação para investigar um suposto esquema de exploração irregular de um camarote no estádio do Morumbis. O caso ganhou repercussão após a divulgação de gravações que indicariam a participação de dirigentes do clube nesse tipo de prática.

As gravações, reveladas no início da última semana pelo site ge, mostram Mara Casares e Douglas Schwartzmann — atualmente licenciados de suas funções no clube — admitindo ter se beneficiado do uso do camarote 3A durante o show da cantora Shakira, realizado em fevereiro deste ano. Segundo o material divulgado, o espaço teria sido explorado de forma irregular em dias de eventos no estádio.

Diante da repercussão, o caso foi encaminhado ao Ministério Público, que solicitou a abertura de inquérito policial para aprofundar as investigações e apurar eventual responsabilidade dos envolvidos. Após a divulgação do episódio, Mara Casares e Douglas Schwartzmann pediram afastamento temporário de seus cargos no São Paulo. A ex-esposa do presidente do clube, Julio Casares, também solicitou licença de sua função no Conselho Deliberativo.

As investigações seguem em andamento e, até o momento, não há conclusão oficial nem manifestação adicional das autoridades sobre possíveis responsabilizações.