Presidente da LaLiga detona Copa do Mundo de Clubes e pede fim do torneio: 'parece amistoso de verão'
Javier Tebas critica a falta de intensidade da competição e afirma que o calendário europeu não comporta mais um torneio internacional.
Publicado em 17 de junho de 2025 às 14:26
Durante a cerimônia de comemoração dos dez anos do Decreto Real, que regula a distribuição dos direitos de transmissão do Campeonato Espanhol, o presidente da LaLiga, Javier Tebas, voltou a criticar publicamente a Copa do Mundo de Clubes. Em tom enfático, o dirigente reforçou sua oposição ao novo formato da competição organizado pela Fifa, classificando os jogos como “amistosos de verão”.
“Meu objetivo é garantir que não haja mais Copa do Mundo de Clubes, isso está muito claro para mim”, afirmou Tebas, durante entrevista no evento. “Não vi nenhum jogo. Bom, assisti um pouco do Chelsea ontem e pareceu um amistoso de verão. Não vi nenhuma intensidade, só uma correria, pelo menos durante os 25 minutos que assisti.”
Para o dirigente espanhol, a inclusão de mais um torneio no calendário internacional compromete o equilíbrio do futebol europeu. Segundo ele, não há espaço nem necessidade para mais competições globais que, em sua visão, beneficiam apenas um grupo seleto de clubes e jogadores.
“Não há datas. Não há necessidade de outra competição que transfira dinheiro para um setor de clubes e jogadores e venha de algum lugar. Não há mais dinheiro aqui. Temos que manter o ecossistema e eliminá-lo. Seguir como era antes”, concluiu.
A nova versão da Copa do Mundo de Clubes, idealizada pela Fifa, ampliou o número de participantes e incluiu 12 times europeus: Porto e Benfica (Portugal), Atlético de Madrid e Real Madrid (Espanha), Inter de Milão e Juventus (Itália), Borussia Dortmund e Bayern de Munique (Alemanha), Chelsea e Manchester City (Inglaterra), PSG (França) e RB Salzburg (Áustria).
A crítica de Tebas acontece em meio a debates crescentes sobre a exaustão dos calendários no futebol de elite, especialmente na Europa, onde jogadores enfrentam temporadas cada vez mais longas e exigentes. Ainda assim, a Fifa aposta no apelo global da competição como estratégia para fortalecer seu portfólio e explorar novos mercados.
A disputa entre interesses comerciais e a preservação da integridade física e competitiva dos atletas promete seguir como tema central nas discussões sobre o futuro do futebol mundial.
