Publicado em 8 de outubro de 2025 às 08:41
O Paysandu chega ao clássico Re-Pa da próxima terça-feira (14), às 19h30, no Estádio Mangueirão, vivendo um dos momentos mais delicados de sua história recente. Com apenas 26 pontos em 31 rodadas, o time bicolor é o lanterna da Série B e está virtualmente rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro.
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Apesar de o rebaixamento ainda não estar matematicamente confirmado, o cenário é considerado quase irreversível. Para escapar da queda, o Papão precisaria de uma arrancada inédita e improvável: vencer seis dos sete jogos restantes e empatar outro, chegando assim aos 45 pontos, número que tradicionalmente garante a permanência na Série B.>
O problema é que, em 31 partidas, o Paysandu venceu apenas cinco vezes. A falta de consistência ofensiva, os erros defensivos e a instabilidade técnica ao longo da temporada colocaram o clube em uma posição crítica. A missão de evitar o descenso, neste momento, beira o impossível.>
O clássico contra o Remo, portanto, ganha contornos dramáticos. Para o torcedor bicolor, o duelo tem um significado que vai além da tabela: pode ser a última chance de reagir — ou, ao menos, de impedir que o rival avance rumo à Série A. O Leão Azul, por sua vez, vive fase oposta e briga diretamente pelo acesso, o que torna o confronto ainda mais simbólico.>
Mesmo que o Paysandu vença o Re-Pa, o resultado serviria mais como alento emocional do que como mudança concreta na classificação. O time seguiria na lanterna, dependendo de uma sequência quase perfeita e de tropeços múltiplos dos adversários diretos. Um empate, por outro lado, não altera o quadro, e uma derrota pode empurrar o clube ainda mais próximo do rebaixamento matemático.>
Atualmente, o Papão está a sete pontos do primeiro time fora do Z-4, o Athletic-MG (33 pontos), e a dez de América-MG e Ferroviária (36 pontos). Mantida essa diferença, o rebaixamento pode ser confirmado oficialmente até a 35ª rodada, marcada para o dia 31 de outubro — curiosamente, o Dia das Bruxas —, quando o Paysandu enfrentará o Atlético-GO, em Goiânia.>
Entre o milagre da permanência e o fantasma do rebaixamento, o Paysandu vai ao Mangueirão pressionado, mas com a esperança de que o clássico sirva, ao menos, como uma demonstração de orgulho e resistência diante do maior rival.>