Remo vive temporada com recorde de estrangeiros no elenco

Quando o uruguaio Vélez vestiu a camisa do Remo, ainda na década de 1940, talvez não imaginasse que abriria uma porta que, 80 anos depois, estaria mais escancarada do que nunca. Desde então, o Leão da Amazônia construiu uma trajetória curiosa com jogadores de fora do Brasil, marcada por raras passagens em alguns períodos e por momentos de maior ousadia em outros.

Nos anos 1960, o surinamês François Thijn manteve a tradição na meta azulina. Já no início dos anos 2000, os olhos se voltaram principalmente para a vizinhança sul-americana. O argentino Frontini deixou sua marca no ataque, assim como Nano Krieger, e o uruguaio Juan Sosa passou toda a temporada de 2012 defendendo o clube. A sequência teve ainda os paraguaios Echeverría, em 2019, e Richard Franco, em 2023.

Mas nada se compara ao cenário atual. Em 2025, o Remo reúne a maior legião de estrangeiros de sua história: sete atletas de diferentes origens compõem o elenco — os uruguaios Diego Hernandez, Nico Ferreira e Cristian Tassano; o grego Panagiotis Tachtsidis; o português João Pedro; o paraguaio Alan Rodríguez; e o colombiano Victor Cantillo. Até o meio da temporada, o argentino Iván Alvariño também fazia parte da equipe.

Esse movimento reflete o mercado nacional, cada vez mais atento ao potencial de jogadores vindos de países vizinhos. Para os atletas, o desafio é duplo: render em campo e se adaptar a um novo cotidiano.

Diego Hernandez, acostumado ao futebol brasileiro após passagem pelo Botafogo, comentou sua experiência na capital paraense: “Cada país tem seu ritmo de adaptação. Em Belém, o impacto maior foi o calor, um clima muito especial. Mas estou bem, gostando do clube e da cidade”.

Diego Hernandez - Uruguai
Nico Ferreira - Uruguai
Cristian Tassano - Uruguai
Panagiotis Tachtsidis - Grécia
João Pedro - Portugal
Alan Rodríguez - Paraguai
Victor Cantillo - Colômbia