Publicado em 26 de julho de 2024 às 07:50
Nesta sexta-feira, 26, o Brasil faz sua estreia nos barcos do Rio Sena com uniformes criados pela Riachuelo, e a escolha dos conjuntos se tornou um dos principais tópicos de discussão pública. As roupas utilizadas pelos atletas durante a cerimônia de abertura foram bastante comentadas e criticadas nas redes sociais. >
Os uniformes são compostos por camisetas listradas em branco e amarelo, combinadas com saias midi ou calças brancas, Havaianas e jaquetas jeans com lavagem escura. Um detalhe que se destacou foi o trabalho artesanal presente nas jaquetas: bordados feitos à mão por 80 profissionais de Timbaúba dos Batistas, no Rio Grande do Norte. >
Cathyelle Schroeder, CMO da Riachuelo, abordou o processo criativo por trás dos uniformes e respondeu às críticas recebidas. Schroeder explicou que a equipe da Riachuelo e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizaram uma extensa pesquisa nos últimos anos, incluindo uma análise semiótica da "brasilidade". Segundo ela, o jeans foi escolhido por ser um símbolo importante da moda brasileira, já que o Brasil é o segundo maior mercado de jeans do mundo. >
Schroeder ressaltou que a inspiração também veio da fauna e flora brasileiras, com várias possibilidades exploradas e materializadas pelos bordados. “Nosso papel como empresa nesse momento é ouvir, acolher, entender, aprender e evoluir”, afirmou. “Estamos monitorando de perto as reações, especialmente com o aumento das menções nas redes sociais, para não perder nenhum comentário. Estamos lendo e trazendo tudo isso para dentro de casa.” >
A resposta da Riachuelo indica um esforço para alinhar a marca às expectativas dos consumidores e dos atletas, destacando a importância do feedback na evolução do projeto. Apesar das críticas, a empresa continua focada em ajustar sua abordagem e manter o diálogo aberto com o público. >
“Os nossos direcionais sempre foram muito fortes nos dois pilares das Olimpíadas, sustentabilidade e equidade. A gente trabalhou no pilar de sustentabilidade social, a gente tem as nossas bordadeiras de Timbaúba dos Batistas, uma cidade de 2300 habitantes, um terço da cidade vive de arte. No pilar de equidade, a gente tem mais de 70% de mulheres envolvidas nesse projeto. E quando a gente fala da jaqueta, que é nosso grande ícone, que as bordadeiras trabalharam, é um jeans que é muito mais sustentável, com lavagem diferenciada, que utiliza 70% menos água. Ao longo de todos os nossos uniformes, sustentabilidade foi central", disse. >