Publicado em 27 de agosto de 2025 às 07:57
A equipe de polo aquático do Sesi-SP decidiu não disputar a final da Super Liga Sul-Americana, em Buenos Aires, contra o Club de Gimnasia y Esgrima, após um de seus atletas sofrer ofensas racistas durante a competição.>
Em nota publicada nas redes sociais, o clube paulista classificou o episódio como “inaceitável” e afirmou que a decisão de não entrar em quadra foi apoiada por toda a direção.>
“É inaceitável que agressões racistas continuem acontecendo no esporte. Atitudes como essa mancham a imagem do polo aquático, da competição e prejudicam o desenvolvimento da modalidade”, diz o comunicado.>
Segundo o Sesi-SP, o ato discriminatório ocorreu durante uma das partidas da Super Liga e foi testemunhado por todos os atletas em piscina, além de reconhecido pelo árbitro. A organização teria aplicado apenas uma hora de suspensão ao agressor, o que foi considerado insuficiente pelo clube.>
“Diante da gravidade da situação, os atletas do Sesi-SP decidiram manter a decisão de não disputar a partida, iniciativa que conta com total apoio da direção da entidade”, acrescenta a nota. O clube informou ainda que avalia medidas jurídicas cabíveis.>
A decisão teve apoio de outra equipe brasileira: a ABDA (Associação Bauruense de Desportes Aquáticos) também se recusou a disputar a final em repúdio ao ato racista.>
Em comunicado, a organização da Super Liga confirmou que, diante da retirada de Sesi e ABDA, a equipe do Fluminense foi declarada campeã da etapa de Buenos Aires.>
“Informamos que as equipes finalistas, Sesi e ABDA, decidiram não jogar a final prevista para hoje e se retiraram da etapa Buenos Aires como forma de protesto, por terem se sentido discriminados pelos atos de um jogador de outra equipe. Como resposta, a Super Liga aplicou uma suspensão ao referido atleta”, afirmou a entidade.>
A organização declarou ainda que repudia qualquer ato racista ou discriminatório e reforçou a importância de que a competição seja um espaço de crescimento esportivo e moral.>