'Situações extremas exigem medidas extremas', diz técnico do Paysandu após primeira vitória

Após conquistar sua primeira vitória na Série B, o Paysandu inicia a semana de treinos de olho no clássico contra o Remo, marcado para o próximo sábado (21), no Mangueirão. A partida será a primeira entre os rivais pela competição nacional desde 2006. A vitória por 1 a 0 sobre o Botafogo-SP, no último sábado (14), colocou fim a uma série de 12 partidas sem vencer e serviu como ponto de partida para o técnico Claudinei Oliveira implementar seu plano de reconstrução no clube.

"Situações extremas exigem medidas extremas", declarou o treinador ao justificar as improvisações na partida anterior, como a escalação do zagueiro Thalisson, recém-chegado do Coritiba, que foi titular logo após desembarcar em Belém. “O Thalisson desceu do avião e entrou no campo”, disse Claudinei, reforçando a urgência por soluções imediatas diante do cenário delicado.

A escolha por um sistema com três zagueiros, algo incomum na trajetória do treinador, também foi consequência dos imprevistos. O lateral Edilson, que seria titular, sentiu um desconforto muscular na véspera da partida e foi vetado. “Eu pensei que ia prejudicar o Reverson colocando ele pra jogar improvisado do lado direito, e preferi arriscar uma formação diferente”, explicou.

Para o clássico contra o Remo, Claudinei planeja uma preparação mais longa e cuidadosa, com o objetivo de fazer o “mínimo de improvisos possível”. O time agora conta com quase 40 atletas no elenco, e a comissão técnica pretende identificar com calma quem está em condições físicas e técnicas para enfrentar um jogo de alta intensidade como o RexPa. “Normalmente os jogadores que vieram da Série A e B não estavam jogando, e os da Série C vinham atuando com mais regularidade”, avaliou.

Entre os destaques da última rodada, o volante Denner, que trabalhou com Claudinei no Sport, foi elogiado pela atuação. “Ele é um cara que pisa na área, tem passe pra frente. Ganhou a bola de cabeça no lance do gol”, comentou o treinador. Outros reforços, como Diogo Oliveira, Garcez e Ronaldo, também foram utilizados e devem seguir sendo observados.

Sobre o lateral Bryan, que está em processo de recuperação, Claudinei foi enfático: “Não vamos queimar etapas, vamos respeitar o processo de cada um. Temos que ter calma pra lançar. É melhor improvisar do que perder o jogador por lesão”.

Ainda na lanterna da Série B, o Paysandu trata o clássico como uma oportunidade de virar a chave na competição. “Vamos fazer alguns testes e ajustes. A ideia é escolher a melhor equipe possível pra começar”, finalizou Claudinei.