Publicado em 23 de julho de 2024 às 09:56
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou os porta-bandeiras na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Dentre os dois anunciados nesta segunda-feira, 22, Raquel Kochhann talvez seja o nome menos conhecido do grande público se comparado ao do campeão olímpico Isaquias Queiroz. Entretanto, a capitã da seleção feminina de rugby sevens é dona de uma linda história de superação, cujo feito é tão grande quanto qualquer medalha. >
Natural de Saudades, Interior de Santa Catarina, Raquel Kochhann sonhava em marcar gols no futebol. Contudo, acabou se encontrando com a bola oval. Ela lidera as Yaras, como são conhecidas as jogadoras da seleção feminina, desde que o rugby sevens entrou para o programa olímpico, na Rio 2016. >
“Ser atleta olímpico é difícil. Essa sensação de estar na frente, levando a bandeira para o mundo inteiro ver numa Cerimônia de Abertura é algo que não consigo explicar em palavras. A minha ficha ainda não caiu, acho que só quando eu estiver lá para saber o que vou sentir”, declarou Raquel Kochhann em entrevista ao COB. >
Um pouco antes de Tóquio-2020, descobriu um caroço que se revelaria um câncer de mama. Encarou mastectomia, quimio e radioterapia de cabeça erguida. Voltou à seleção no fim do ano passado, durante uma etapa do Circuito Mundial de Rugby Sevens. >
Bastante popular na França, o rugby ainda engatinha em termos de popularidade no Brasil. Contudo, o esporte ainda tem potencial para crescimento. As Yaras sevens são a principal seleção brasileira da modalidade em resultados. Além das participações olímpicas, a equipe possui medalhas internacionais como em Jogos Pan-Americanos e também está na elite do Circuito Mundial. >
“No Brasil a gente trabalha muito para que o rugby cresça e ganhe seu espaço. A gente sabe que a realidade do nosso esporte não é ter uma medalha de ouro numa Olimpíada por enquanto, apesar de termos esse sonho. Mas sempre vi que quem carrega essa bandeira tem uma história incrível, com medalhas de ouro, e representa uma grande conquista. Muito obrigada de verdade por essa honra. Vou dormir com essa bandeira do meu lado”, confessou Raquel em entrevista ao COB. >