Ação militar dos EUA contra tráfico no Pacífico resulta em cinco mortes

Ações ocorreram em águas internacionais, segundo o Comando Sul, e fazem parte de uma operação militar que já deixou mais de 100 mortos.

Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 07:56

Ação militar dos EUA contra tráfico no Pacífico resulta em cinco mortes
Ação militar dos EUA contra tráfico no Pacífico resulta em cinco mortes Crédito: Reprodução/X/@@Southcom

As Forças Armadas dos Estados Unidos voltaram a realizar ataques letais contra embarcações suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas no leste do Oceano Pacífico. A ofensiva mais recente ocorreu nesta quinta-feira (18), e resultou na morte de cinco pessoas, de acordo com informações divulgadas pelo Comando Sul norte-americano.

Em comunicado publicado nas redes sociais, o órgão militar informou que a operação foi conduzida sob autorização direta do secretário de Defesa, Pete Hegseth, e executada pela Força-Tarefa Conjunta Southern Spear. Segundo a nota, as embarcações atingidas estariam sob controle de organizações classificadas pelos Estados Unidos como terroristas e navegavam em águas internacionais.

“O ataque foi baseado em informações de inteligência que indicavam que os barcos transitavam por rotas conhecidas do narcotráfico”, afirmou o Comando Sul, em declaração oficial. Ainda segundo a instituição, nenhum militar americano ficou ferido durante a ação.

Com este episódio, sobe para pelo menos 104 o número de mortos em ataques semelhantes registrados nos últimos dias, tornando esta a terceira ofensiva do tipo realizada na mesma semana. As operações fazem parte da chamada Operação Lança do Sul, uma campanha militar contínua que, segundo o governo dos EUA, visa enfraquecer as rotas internacionais de tráfico de drogas.

Escalada militar e tensão regional

Paralelamente às ações no Pacífico, os Estados Unidos têm ampliado sua presença militar na América do Sul e no Caribe. O governo do presidente Donald Trump deslocou milhares de soldados e um grupo de ataque liderado por porta-aviões para a região, intensificando a pressão sobre especialmente a Venezuela.

Nesta semana, Trump determinou um “bloqueio total e completo” a petroleiros sancionados que entrem ou saiam do território venezuelano, acusando o país de se apropriar de ativos e recursos americanos.

A resposta de Caracas veio rapidamente. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reagiu às medidas e classificou a postura dos Estados Unidos como uma tentativa de intervenção política. Em discurso na capital do país, afirmou que Washington busca uma mudança de regime. “Isso não passa de uma farsa belicista e colonialista. Agora todos conseguem ver a verdade”, declarou.