Publicado em 25 de junho de 2025 às 11:44
Em meio à comoção pela morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, um nome ganhou destaque e admiração nas redes sociais: Agam Rinjani. Guia local e experiente alpinista, Agam se tornou símbolo de coragem e solidariedade ao se voluntariar para buscar Juliana que caiu no vulcão na sexta-feira (20) e foi resgata nesta quarta-feira (25), sem vida.>
Sem apoio do governo e em condições extremamente difíceis, Agam liderou uma missão de resgate por conta própria. Com ajuda de um parceiro, ele encarou trilhas perigosas por horas a fio todos os dias, em meio a neblina espessa, terreno escorregadio e quase nenhuma visibilidade. A área onde Juliana caiu fica a mais de seis horas de caminhada do ponto inicial da trilha, em uma parte remota do Parque Nacional do Monte Rinjani, na ilha de Lombok.>
O guia chegou a montar um acampamento improvisado, como mostraram vídeos publicados em suas redes sociais. Nas imagens, é possível ver barracas, cordas, capacetes e outros equipamentos usados durante a missão. Tudo foi feito com recursos próprios e um único objetivo: trazer Juliana de volta.>
Em uma postagem de uma internauta, ela chega a dizer que Agam dormiu ao lado de Juliana após alcançá-la, para que seu corpo não deslizasse. Não há informações oficiais sobre o ato. >
A bravura de Agam mobilizou a internet. Diversas mensagens de apoio e agradecimento se multiplicaram, exaltando o esforço do guia mesmo diante de todas as limitações. >
“Mesmo sem estrutura, sem ajuda oficial, ele foi. Merece toda nossa gratidão e respeito”, escreveu uma internauta. Outra postagem dizia: “Agam Rinjani é um herói. Mesmo com final triste, ele deu tudo de si por uma desconhecida. Isso não tem preço.”>
O corpo de Juliana foi encontrado nesta terça-feira (24) e retirado da região hoje (25), após uma complexa operação de resgate que durou mais de sete horas. Ela estava em uma área entre 500 e 600 metros abaixo da trilha, em um desfiladeiro de difícil acesso.>
A história de Juliana, que partiu realizando o sonho de mochilar sozinha pelo mundo, se cruza agora com a de Agam, um homem comum que decidiu agir quando poucos teriam coragem. E, mesmo com o desfecho trágico, sua atitude comoveu o Brasil , e o mundo.>