Publicado em 26 de novembro de 2025 às 10:59
Em uma expedição que misturou ciência, persistência e emoção, uma equipe liderada pelo botânico britânico Chris Thorogood, da Universidade de Oxford, finalmente encontrou um exemplar da Rafflesia hasseltii, uma das flores mais raras e enigmáticas do mundo, em meio à densa floresta tropical de Sumatra, na Indonésia. O momento, registrado em vídeo, tomou conta das redes sociais após mostrar um dos integrantes da busca às lágrimas ao confirmar o achado.>
A expedição, acompanhada pelo caçador de flores indonésio Septian “Deki” Andrikithat, alcançou o objetivo após 13 anos de tentativas frustradas. No vídeo, Deki aparece chorando de emoção enquanto Thorogood o abraça, cena que rapidamente viralizou e deu dimensão à dificuldade da missão.>
A flor que quase ninguém vê>
A Rafflesia hasseltii é conhecida por sua raridade extrema. Trata-se de uma planta parasitária, sem folhas ou raízes próprias, que permanece oculta na vegetação até o instante em que floresce, etapa que pode durar poucos dias. Em boa parte das regiões onde existe, a espécie é mais avistada por animais selvagens, como tigres, do que por seres humanos.>
“É uma experiência eletrizante”, contou Thorogood à imprensa internacional ao relembrar a caminhada exaustiva pela mata. “Momentos como este nos lembram por que fazemos ciência.” Para o pesquisador, o encontro foi simbólico: “Quando finalmente vimos os enormes pétalos abrindo, sabíamos que tínhamos diante de nós algo verdadeiramente único”.>
O companheiro de equipe, Deki, que dedicou mais de uma década a encontrar a flor, mal conteve a emoção. “Isto é incrível!”, disse entre lágrimas no vídeo. “Foram anos de espera… ver isso com meus próprios olhos é indescritível.”>
A urgência da preservação>
Apesar da celebração, o achado levanta um alerta: a Rafflesia está seriamente ameaçada. Com a destruição acelerada das florestas tropicais de Sumatra, seu habitat natural encolhe ano após ano. O ciclo de vida peculiar, longo, invisível e com uma curtíssima janela de floração, torna o resgate da espécie ainda mais desafiador.>
Diante do risco crescente, a Universidade de Oxford já articula a criação de um grupo internacional de conservação, com foco na proteção da planta e na preservação dos ecossistemas onde ela sobrevive.>