Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 07:24
Um ataque a tiros ocorrido na madrugada deste domingo (28), chocou moradores e turistas da praia de Puerto López, no litoral do Equador. Seis pessoas foram mortas em uma área conhecida pelo comércio de frutos-do-mar, em uma vila de pescadores da província de Manabí, no noroeste do país. Entre as vítimas estão uma criança de apenas dois anos e sua mãe.>
De acordo com informações divulgadas pela imprensa local, os criminosos chegaram ao local utilizando uma caminhonete e motocicletas. Armados com fuzis e outras armas de grosso calibre, eles dispararam contra as pessoas que estavam na área, considerada um ponto turístico da região. A ação foi rápida e deixou um cenário de pânico.>
A Polícia Nacional do Equador trabalha com a hipótese de que o massacre esteja ligado à disputa entre facções criminosas pelo controle territorial. Investigadores apontam que a fragmentação da organização Los Choneros, uma das principais do país, tem intensificado conflitos armados em províncias costeiras, como Manabí.>
Horas antes do ataque, dois irmãos foram assassinados a tiros a poucos quarteirões da praia. Segundo as autoridades, eles seriam ligados à liderança de um grupo criminoso, e as execuções podem ter desencadeado a sequência de violência registrada durante a madrugada. O boletim policial ainda relata que familiares impediram a remoção dos corpos ao Instituto Médico Legal, desviando a ambulância para residências particulares.>
Diante da gravidade do episódio, o ministro do Interior, John Reimberg, esteve em Puerto López para coordenar ações emergenciais de segurança. O governo anunciou reforço no policiamento, mas, até o momento, nenhum suspeito foi preso.>
Nos últimos anos, o Equador enfrenta uma escalada expressiva da violência, impulsionada principalmente por disputas ligadas ao narcotráfico e à mudança nas rotas internacionais da droga. Entre 2019 e 2024, o número de homicídios no país cresceu mais de 500%, colocando o Equador entre os mais violentos da América Latina e ampliando o temor em regiões antes consideradas tranquilas e turísticas.>