Brasil assume presidência do Mercosul com proposta de mais integração regional

País ficará na posição temporária durante 6 meses.

Publicado em 3 de julho de 2025 às 15:59

Brasil assume presidência do Mercosul
Brasil assume presidência do Mercosul Crédito: Ricardo Stuckert/ PR 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participou nesta quinta-feira (3), da 66ª Cúpula do Mercosul, em Buenos Aires, na Argentina, para receber a coordenação do bloco sul-americano do presidente argentino, Javier Milei.

O encontro reúne os líderes dos países-membros Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Bolívia, que está em processo de adesão, e países associados, para discutir temas prioritários do bloco, que será presidido pelo Brasil nos próximos 6 meses.

Ampliação comercial, promoção da transição energética, desenvolvimento tecnológico, combate ao crime organizado e enfrentamento das desigualdades sociais, foram as cinco prioridades apresentadas pelo presidente Lula.

A presidência brasileira também buscará o fortalecimento da Tarifa Externa Comum (TEC), a incorporação dos setores automotivo e açucareiro ao regime comercial do bloco, além do fortalecimento dos mecanismos de financiamento de infraestrutura e desenvolvimento regional.

Em seu discurso, o presidente brasileiro defendeu a modernização do sistema de pagamento em moedas locais para facilitar as transações digitais.

Para Lula, o Mercosul é um refúgio para os países da região, diante de um mundo “instável e ameaçador”.

“Ao longo de mais de três décadas, erguemos uma casa com bases sólidas, capaz de resistir à força das intempéries. Conseguimos criar uma rede de acordos que se estendeu aos Estados associados. Toda a América do Sul se tornou uma área de livre comércio, baseada em regras claras e equilibradas”, afirmou.

“Estar no Mercosul nos protege. Nossa Tarifa Externa Comum nos blinda contra guerras comerciais alheias. Nossa robustez institucional nos credencia perante o mundo como parceiros confiáveis. Enfrentaremos o desafio de resguardar nosso espaço de autonomia em um contexto cada vez mais polarizado”, acrescentou.