Cola criada por chineses promete unir ossos quebrados em 3 minutos

O projeto ainda está em fase de testes, mas os resultados iniciais mostram adesão segura e eficaz entre fragmentos ósseos

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 16:17

O projeto ainda está em fase de testes, mas os resultados iniciais mostram adesão segura e eficaz entre fragmentos ósseos
O projeto ainda está em fase de testes, mas os resultados iniciais mostram adesão segura e eficaz entre fragmentos ósseos Crédito: Reprodução 

Um avanço promissor na medicina ortopédica vem ganhando destaque no meio científico: o médico Lin Xianfeng e sua equipe desenvolveram um bioadesivo capaz de colar ossos em apenas três minutos, oferecendo uma alternativa menos invasiva às placas e pinos metálicos usados atualmente em cirurgias.

A inspiração para a descoberta veio de um momento inusitado. Em um dia de ventania e mar agitado, Lin observou como ostras conseguiam se fixar firmemente em pontes e rochas submersas, resistindo à força das ondas.

“Se elas conseguem aderir com tanta firmeza em um ambiente úmido como o mar, por que não tentar algo semelhante dentro do corpo humano?”, teria pensado o pesquisador.

A partir dessa observação, Lin e sua equipe desenvolveram um adesivo biocompatível que imita a capacidade de fixação das ostras, criando uma ligação sólida mesmo em ambientes úmidos, como o interior do corpo.

O material pode representar uma revolução no tratamento de fraturas complexas, especialmente nas chamadas fraturas cominutivas — aquelas em que o osso se parte em três ou mais fragmentos. Nessas situações, o uso de parafusos e placas costuma ser mais difícil e doloroso.

Além de reduzir o tempo de recuperação e evitar cirurgias invasivas, o novo bioadesivo pode diminuir riscos de infecção e complicações pós-operatórias, já que dispensa o uso de materiais metálicos e a necessidade de remoção posterior.

O projeto ainda está em fase de testes, mas os resultados iniciais mostram adesão segura e eficaz entre fragmentos ósseos. Se comprovada sua eficiência em larga escala, a descoberta de Lin Xianfeng poderá mudar o futuro da ortopedia, tornando os tratamentos de fraturas mais rápidos, seguros e menos dolorosos.