'Eles matam até no dia da cúpula', afirma Zelensky antes de encontro entre Trump e Putin

Presidente ucraniano afirma que Moscou não demonstra intenção de encerrar guerra.

Publicado em 15 de agosto de 2025 às 17:28

'Eles matam até no dia da cúpula', afirma Zelensky antes de encontro entre Trump e Putin
'Eles matam até no dia da cúpula', afirma Zelensky antes de encontro entre Trump e Putin Crédito: Reprodução

Horas antes da cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, no Alasca, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o conflito no Leste Europeu segue intenso e que não há qualquer sinal de que Moscou esteja disposta a encerrar a guerra.

Segundo Zelensky, relatórios de inteligência e de diplomatas indicam que os ataques russos continuam mesmo no dia das negociações. “No dia das negociações, eles também estão matando. E isso diz muito”, declarou o líder ucraniano, citando ofensivas recentes em várias regiões do país.

Entre os episódios mencionados, estão o ataque a um mercado central em Sumy, bombardeios a cidades e empresas na região de Dnipro, além de ações deliberadas em Zaporizhzhia, Kherson e Donetsk. Para o presidente, a continuidade dos ataques mostra a ausência de um compromisso real do Kremlin com a paz.

A reunião entre Trump e Putin, batizada pelo governo norte-americano de Busca pela Paz, está marcada para começar às 11h em Anchorage (16h no horário de Brasília e 22h em Moscou). O encontro inclui conversas privadas, almoço bilateral e uma coletiva de imprensa.

Zelensky disse acreditar que qualquer avanço dependerá da postura firme dos Estados Unidos. “A Ucrânia está pronta para trabalhar da forma mais produtiva possível para encerrar a guerra, e contamos com uma posição forte dos Estados Unidos. Não se enganem. Força! Os russos levam em conta a força americana”, afirmou.

Apesar da agenda de negociações, o presidente ucraniano demonstrou ceticismo em relação ao real interesse de Putin, sugerindo que o líder russo pode usar a reunião como manobra política, sem se comprometer com um cessar-fogo efetivo.