Publicado em 4 de outubro de 2025 às 09:30
O Exército de Israel afirmou neste sábado (4) que continua realizando operações militares na Cidade de Gaza, contrariando o anúncio feito na véspera pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que havia dito que o país se preparava para iniciar a primeira fase do plano de paz proposto pelos Estados Unidos. A ofensiva também ocorre apesar do pedido de cessar-fogo feito pelo presidente norte-americano Donald Trump.>
Em comunicado publicado no X (antigo Twitter), o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF), coronel Avichay Adraee, alertou que o norte da Faixa de Gaza continua sendo uma área de risco extremo.>
“Para sua segurança, evite retornar para o norte ou se aproximar de áreas de atividade das tropas da IDF em qualquer lugar — inclusive no sul da Faixa de Gaza”, afirmou o militar.>
Mais cedo, as forças israelenses divulgaram que o governo convocou uma avaliação especial da situação e determinou a antecipação dos preparativos para a implementação da primeira fase do plano norte-americano, que prevê a libertação dos reféns ainda mantidos pelo Hamas.>
“A segurança das tropas é prioridade máxima, e todas as capacidades das Forças de Defesa de Israel serão direcionadas ao Comando Sul para garantir sua proteção”, diz o comunicado.>
Segundo a nota, o Chefe do Estado-Maior reforçou que, devido à “sensibilidade operacional”, todas as tropas devem manter alto estado de alerta e vigilância e responder de forma imediata a qualquer ameaça.>
Enquanto isso, o Hamas afirmou à agência AFP estar disposto a iniciar negociações para concluir todas as questões pendentes do acordo de cessar-fogo.>
“Estamos prontos para começar negociações imediatamente para finalizar todas as questões”, disse um alto funcionário do grupo.>
O plano de paz elaborado pelos Estados Unidos exclui o Hamas de um eventual novo governo em Gaza e prevê anistia aos membros do grupo que entregarem as armas e aceitarem conviver pacificamente com Israel.>
O Hamas ainda mantém mais de 40 reféns israelenses, sequestrados durante os ataques de 7 de outubro de 2023, que marcaram o início da guerra. Parte das vítimas segue desaparecida ou foi confirmada morta.>