Publicado em 25 de agosto de 2025 às 15:33
Um idoso de 82 anos, morador da província de Guangdong, na China, surpreendeu ao anunciar que deixará todos os seus bens para quem assumir o compromisso de cuidar de seu gato após sua morte. Identificado apenas como Long, o homem decidiu transformar sua herança em uma forma de garantir que Xianba, seu felino de estimação, tenha uma vida segura e bem assistida.>
Long vive sozinho desde a morte da esposa, há dez anos, e não tem filhos. Nesse período, os animais se tornaram sua principal companhia. O vínculo com Xianba começou quando o idoso encontrou o gato e outros três filhotes abandonados na chuva. Ele acolheu todos, mas acabou doando os demais, mantendo apenas aquele com quem criou uma relação mais forte.>
A decisão rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais chinesas, com muitos internautas se oferecendo para adotar o animal, alguns até mesmo afirmando que fariam isso sem qualquer recompensa financeira. Por outro lado, há quem manifeste preocupação com a possibilidade de pessoas mal-intencionadas se aproximarem do idoso apenas pelo interesse em sua herança, levantando o risco de abusos contra o gato.>
Na China, o Código Civil permite que cidadãos deixem seus bens para indivíduos, instituições ou até para o Estado. No entanto, o país ainda não possui uma legislação específica contra maus-tratos a animais, o que reforça os debates sobre a vulnerabilidade de pets em situações como essa.>
O caso de Long e Xianba acabou se transformando em mais do que uma história sobre afeto entre dono e animal: revisitou reflexões sobre solidão, envelhecimento e a proteção dos direitos dos animais no país.>