Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, morre aos 100 anos
Ele foi agraciado com o Nobel da Paz em 2002 por sua "incessante dedicação à promoção da democracia e dos direitos humanos".
Publicado em 29 de dezembro de 2024 às 22:09
Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, faleceu neste domingo, 29, aos 100 anos. O filho confirmou a informação para o jornal americano The Washington Post.
Carter liderou o país de 1977 a 1981, em um período conturbado de crise econômica e energética, além de disputas diplomáticas, mas marcou sua trajetória na história pelo seu empenho na paz, nos direitos humanos e nas iniciativas humanitárias globais.
James Earl “Jimmy” Carter Jr. nasceu em 1º de outubro de 1924, em Plains, uma localidade rural de pequena dimensão na Geórgia. Ele, filho de um agricultor e uma enfermeira, teve uma infância modesta, porém se sobressaiu nos estudos.
Graduou-se na Academia Naval dos Estados Unidos em 1946, iniciando sua carreira militar como oficial de submarinos. Carter se dedicou ao desenvolvimento de submarinos nucleares, porém, após o falecimento do pai, deixou a Marinha para assumir os negócios familiares.
Ao retornar à Geórgia, Carter modificou as propriedades rurais familiares e se envolveu na política da região. Em 1962, foi eleito senador pelo estado de São Paulo e reeleito em 1964. No ano de 1970, ele assumiu o governo da Geórgia, implementando uma política progressista ao tratar do racismo sistêmico, ainda bastante evidente na região.
Carter implementou reformas administrativas e advogou pela igualdade racial, apesar de ter buscado inicialmente o apoio de grupos conservadores.
Em 1976, apresentou-se como postulante à presidência dos Estados Unidos em meio a uma crise de credibilidade nacional, desencadeada pelo caso Watergate.
Carter ganhou a confiança dos votantes com uma plataforma que defendia a honestidade e a transparência. Ele venceu o conservador Gerald Ford, tomando posse na Casa Branca em janeiro de 1977, tornando-se o 39º presidente da nação.
