Macron processa podcaster dos EUA por dizer que sua esposa é homem

Segundo a queixa apresentada à Justiça americana, Owens teria conduzido uma “campanha implacável” ao longo de um ano, com vídeos e publicações que reforçam uma teoria conspiratória infundada sobre a identidade de gênero da primeira-dama francesa

Publicado em 24 de julho de 2025 às 11:28

Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron
Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron Crédito: Reprodução 

O presidente da França, Emmanuel Macron, e sua esposa, Brigitte Macron, moveram um processo por difamação contra a influenciadora e podcaster conservadora Candace Owens. A ação foi protocolada na quarta-feira (23) na Suprema Corte de Delaware, nos Estados Unidos, e acusa Owens de promover uma campanha difamatória ao sugerir que Brigitte seria, na verdade, um homem.

Segundo a queixa apresentada à Justiça americana, Owens teria conduzido uma “campanha implacável” ao longo de um ano, com vídeos e publicações que reforçam uma teoria conspiratória infundada sobre a identidade de gênero da primeira-dama francesa. Em março, a comentarista publicou um vídeo no YouTube com o título: “A primeira-dama da França é um homem?”, o que reacendeu rumores já desmentidos anteriormente.

A partir daí, a influenciadora passou a publicar diversos conteúdos sobre Brigitte Macron, incluindo uma série em várias partes chamada “Becoming Brigitte”, compartilhada com seus quase 4,5 milhões de inscritos no YouTube. Owens também divulgou a teoria conspiratória em outras redes sociais, chamando o boato de “provavelmente o maior escândalo da história política”.

Os advogados do casal presidencial alegam que a campanha difamatória gerou “danos econômicos substanciais”, como a perda de oportunidades comerciais futuras e prejuízos à imagem pública dos Macrons. A equipe jurídica ainda argumenta que o conteúdo produzido por Owens ultrapassa os limites da liberdade de expressão e fere diretamente a dignidade e a vida privada dos envolvidos.

Mais tarde, ela publicou um vídeo no YouTube dizendo que o processo era "uma estratégia óbvia e desesperada de relações públicas".

Com informações da CNN Brasil