Mali e Burkina Faso barram americanos após novas restrições migratórias de Trump

Países africanos adotam medida de reciprocidade depois de terem cidadãos proibidos de entrar nos EUA

Publicado em 31 de dezembro de 2025 às 15:49

Países africanos adotam medida de reciprocidade depois de terem cidadãos proibidos de entrar nos EUA
Países africanos adotam medida de reciprocidade depois de terem cidadãos proibidos de entrar nos EUA Crédito: Reprodução

Os governos de Mali e Burkina Faso anunciaram que irão proibir a entrada de cidadãos dos Estados Unidos em seus territórios. A decisão foi divulgada nesta terça-feira (31), e é uma resposta direta às novas políticas migratórias adotadas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que ampliou a lista de países com restrições de viagem aos EUA.

Em comunicado oficial, o Ministério das Relações Exteriores do Mali informou que passou a aplicar um regime de reciprocidade com efeito imediato. A medida ocorre após cidadãos malineses terem sido incluídos na lista de estrangeiros impedidos de entrar nos Estados Unidos.

Já o governo militar de Burkina Faso afirmou que a decisão foi tomada com base no princípio do respeito mútuo entre as nações. Segundo as autoridades, o país adotará exigências de visto equivalentes às impostas aos cidadãos burquinenses pelo governo norte-americano.

No último dia 16 de dezembro, Donald Trump anunciou a ampliação das restrições de entrada nos EUA, alegando motivos de segurança nacional e combate ao terrorismo. Além de Mali e Burkina Faso, também foram incluídos na lista Níger, Sudão do Sul e Síria.

Esses países se juntaram a outras nações que já enfrentam bloqueios totais para viagens aos Estados Unidos, como Afeganistão, Irã, Haiti, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. A decisão reforça a política migratória rígida do governo Trump e tem provocado reações diplomáticas em diferentes regiões do mundo.