Publicado em 11 de julho de 2025 às 10:42
O ministro da Migração da Suécia, Johan Forssell, confirmou publicamente que seu filho, de apenas 16 anos, esteve envolvido com grupos de extrema direita. Segundo ele, o adolescente chegou a recrutar membros para organizações supremacistas e teve contato com militantes neonazistas. A declaração foi feita após o caso vir à tona por meio de uma reportagem do observatório antirracista Expo.>
Forssell afirmou que ficou “chocado e horrorizado” ao descobrir a ligação do filho com esses grupos e classificou a situação como um alerta para outras famílias. “Até que ponto sabemos, de fato, o que nossos filhos fazem nas redes sociais? E como podemos protegê-los de serem atraídos para ambientes tão perigosos?”, disse o ministro ao canal TV4.>
A denúncia inicial indicava que um “parente próximo” de um membro do governo estaria atuando ativamente em círculos extremistas. O relatório da Expo apontava que o jovem colaborou com ativistas do Movimento de Resistência Nórdico, uma organização neonazista, além de recrutar integrantes para outras redes radicais, como Suécia Livre e Clube Ativo Suécia.>
Segundo Forssell, ele só tomou conhecimento do caso há poucas semanas, após ser informado pelo serviço de segurança do país. Em entrevista à agência TT, o ministro afirmou ter conversado profundamente com o filho, que estaria arrependido e teria cortado os laços com os grupos extremistas. “Condeno todas as formas de extremismo político. Essa ligação ficou no passado”, afirmou.>
A repercussão política foi imediata. Partidos da oposição exigem explicações formais do ministro, especialmente após o próprio Forssell já ter defendido, no passado, que pais devem ser responsabilizados pelas ações dos filhos em casos de envolvimento com crimes. O episódio também reascende críticas ao atual governo, que governa em minoria e depende do apoio indireto da extrema direita no Parlamento.>
Com informações do Metrópoles >