Morre Cecilia Giménez, mulher que ficou conhecida pela restauração do Ecce Homo de Borja

Pintora espanhola ficou marcada por restauração que virou símbolo cultural e entrou para a história da arte

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 15:39

Pintora espanhola ficou marcada por restauração que virou símbolo cultural e entrou para a história da arte
Pintora espanhola ficou marcada por restauração que virou símbolo cultural e entrou para a história da arte Crédito: Reprodução

Cecilia Jiménez Zueco, a pintora local que ganhou fama mundial após a polêmica restauração do Ecce Homo de Borja, morreu aos 93 anos. A morte foi anunciada pela Fundação Ecce Homo de Borja, em Zaragoza, com uma mensagem de despedida que emocionou moradores e admiradores: “Cecilia agora é mais uma estrela no céu”.

Nascida em Borja no dia 23 de janeiro de 1931, Cecilia cultivou desde cedo uma relação profunda com a pintura. Ao longo da vida, produziu diversas obras, principalmente paisagens, mantendo a arte como paixão constante, segundo destacou a fundação responsável pela preservação de sua memória.

Em agosto de 2012, seu nome ganhou repercussão internacional após vir à tona a restauração do Ecce Homo do Santuário da Misericórdia de Borja, uma pequena pintura mural feita originalmente por Elías García Martínez. Diante do estado de deterioração da obra, Cecilia decidiu, movida pela boa intenção, repintá-la por conta própria.

O resultado ficou muito distante do esperado para uma restauração técnica e acabou gerando críticas intensas, memes e repercussão global. Apesar do impacto emocional causado pelo julgamento público, com o passar dos anos a intervenção de Cecilia passou a ser vista como um fenômeno cultural inesperado, transformando o Ecce Homo de Borja em um dos casos mais curiosos e comentados da arte contemporânea.