ONU convoca reunião de emergência após bombardeios dos EUA contra Irã
A ofensiva americana, que atingiu três instalações ligadas ao programa nuclear de Teerã, ocorre em meio ao agravamento do conflito entre Irã e Israel
Publicado em 22 de junho de 2025 às 19:10
Uma nova escalada de tensão no Oriente Médio mobilizou o Conselho de Segurança da ONU neste domingo (22). O órgão internacional decidiu convocar uma reunião de urgência, que está em andamento, após os ataques realizados pelos Estados Unidos contra alvos nucleares em território iraniano.
A ofensiva americana, que atingiu três instalações ligadas ao programa nuclear de Teerã, ocorre em meio ao agravamento do conflito entre Irã e Israel, iniciado em 13 de junho. Em resposta, Washington sinalizou disposição para retomar o diálogo com o governo iraniano. "Estamos prontos para sentar e discutir", declarou o secretário de Estado Marco Rubio, em entrevista à Fox News.
As declarações dos americanos, no entanto, não aliviaram a tensão em Teerã. O presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, classificou a ação como uma "agressão inaceitável" e prometeu retaliações. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, acusou os EUA de sabotar as negociações mediadas por Omã, que buscavam um acordo sobre o programa nuclear.
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O Exército iraniano também reagiu com ataques de drones e mísseis, interceptados em grande parte pela defesa aérea de Israel. A Guarda Revolucionária advertiu que novas respostas virão e que bases militares americanas na região agora são consideradas "alvos legítimos".
Enquanto isso, protestos contra os Estados Unidos tomaram as ruas de Teerã. Populares carregavam imagens do aiatolá Ali Khamenei e exigiam uma resposta dura. Segundo autoridades iranianas, apesar da destruição das estruturas, o estoque de urânio enriquecido permanece intacto.
Do lado israelense, o Exército confirmou que continuará suas ações com o objetivo de desmantelar o programa nuclear iraniano e destruir as capacidades balísticas do país. Na arena internacional, França, Alemanha e Reino Unido fizeram um apelo conjunto para que todas as partes evitem novos passos que ampliem o conflito. A União Europeia reforçou o chamado ao diálogo.
Por ora, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e autoridades nucleares de países vizinhos informaram que os níveis de radiação nas áreas atingidas permanecem dentro dos padrões de segurança.
