Publicado em 4 de junho de 2025 às 12:25
O cenário político da Coreia do Sul passou por uma reviravolta histórica nesta semana. O país asiático elegeu nesta terça-feira (3) seu novo presidente, Lee Jae-myung, em meio a uma grave crise institucional provocada pelo impeachment de Yoon Suk-yeol. A posse aconteceu já na quarta-feira (4), em um processo acelerado para restaurar a estabilidade nacional.
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Lee, de 60 anos, é uma figura conhecida do campo progressista sul-coreano e venceu as eleições com 49,42% dos votos, superando o conservador Kim Moon-soo, que obteve 41,15%. Esta foi a terceira vez que ele tentou chegar à presidência.>
Um presidente com trajetória de superação>
Filho de uma família pobre, Lee trabalhou como operário antes de estudar direito e atuar como advogado de direitos humanos. Ele ficou conhecido por sua atuação firme em defesa da democracia, especialmente durante os protestos contra a declaração de lei marcial feita por Yoon Suk-yeol em dezembro do ano passado. O ex-presidente foi acusado de tentativa de autogolpe e destituído em abril deste ano pelo Tribunal Constitucional do país.>
Desafios e promessas>
Durante seu discurso de posse, Lee prometeu reconstruir a confiança da população nas instituições democráticas, promover a unidade nacional e priorizar a recuperação econômica da Coreia do Sul, afetada pelas turbulências políticas e pelas tensões regionais.>
Entre suas promessas está a retomada do diálogo com a Coreia do Norte, além de reforçar alianças estratégicas com os Estados Unidos e o Japão.>
“Meu governo será do povo e para o povo. Chegou a hora de curar as feridas da nossa democracia”, declarou Lee em seu discurso oficial.>
Repercussão internacional>
A eleição de Lee Jae-myung repercutiu de forma positiva entre líderes internacionais. Os Estados Unidos e a União Europeia elogiaram a rápida transição democrática e manifestaram apoio ao novo governo.>
A expectativa agora é de que a Coreia do Sul retome sua posição de destaque econômico e político na Ásia, com uma liderança voltada para o diálogo, inclusão e desenvolvimento sustentável.>