Publicado em 17 de agosto de 2025 às 19:11
O enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, afirmou neste domingo, 17, que o líder russo, Vladimir Putin, concordou durante reunião com Donald Trump em permitir que os Estados Unidos e aliados europeus ofereçam à Ucrânia uma garantia de segurança semelhante ao mandato coletivo de defesa da OTAN, como parte de um eventual acordo para encerrar a guerra>
"Conseguimos obter a seguinte concessão: que os Estados Unidos pudessem oferecer proteção semelhante à do Artigo 5, que é uma das verdadeiras razões pelas quais a Ucrânia quer fazer parte da OTAN", disse à CNN. Segundo ele, foi a primeira vez que ouviu Putin concordar com isso. Por outro lado, a entrada do país na OTAN fica fora de discussão. "A discussão supõe que os ucranianos possam concordar com isso e conviver com isso, e tudo vai girar em torno do que os ucranianos puderem tolerar", afirmou.>
Witkoff detalhou que as duas partes concordaram com "garantias de segurança robustas que eu descreveria como revolucionárias". Ele acrescentou que a Rússia afirmou que assumiria um compromisso legislativo de não buscar territórios adicionais na Ucrânia, mas que Donetsk ainda está em discussão, e que o caso seria detalhado na reunião desta segunda-feira, 18, que vai reunir Trump, o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, e liderança europeias em Washington.>
Em entrevista à Fox News, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio ressaltou que haverá "consequências adicionais", como Trump havia alertado antes de se reunir com Putin, caso não fosse alcançado um cessar-fogo.>
"Podemos chegar a esse ponto, infelizmente, se a paz não for possível, mas estamos tentando evitar. Queremos dar todas as oportunidades possíveis para que os russos digam sim a algo com o qual a Ucrânia possa viver".>
"Ambos os lados estão bastante entrincheirados. Você sabe, não temos sanções contra a Ucrânia. Temos sanções contra a Rússia. Não fornecemos armas para a Rússia. Fornecemos armas e assistência para a Ucrânia. Então, os EUA já fizeram muito em relação a isso", completou à jornalista.>
Rubio disse ainda que o país tenta fazer com que haja um acordo mas que, para isso, os dois dados terão de fazer concessões. "Em uma negociação, um lado não tem tudo o que quer, isso não é um acordo de paz. Isso é uma rendição. E eu não acho que você verá rendição de nenhum dos lados tão cedo", disse.>
Matéria com informações do Estadão Conteúdo (Com agências internacionais)>