Secretário-geral da Otan diz que Brasil pode ser tarifado em 100% se comprar petróleo russo

A declaração de secretário-geral da Otan aconteceu após reunião com congressistas dos EUA, que discutem projeto de lei para taxar países que compram derivados de petróleo da Rússia.

Publicado em 15 de julho de 2025 às 23:32

(Presidente Lula e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte)
(Presidente Lula e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte) Crédito: Ricardo Stuckert - PR

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, afirmou nesta terça-feira (15) que países integrantes do Brics como Brasil, China e Índia podem ser alvo de sanções tarifarias de até 100% caso permaneçam comprando petróleo e seus derivados com a Rússia. A declaração ocorreu após reunião com políticos norte americanos, que elaboram projeto de lei para penalizar economicamente nações que mantêm relações comerciais com Moscou em meio à guerra na Ucrânia.

“Se você é o presidente da China, o primeiro-ministro da Índia ou o presidente do Brasil e ainda negocia com os russos e compra seu petróleo e gás, saiba que se esse cara em Moscou não levar as negociações de paz a sério, eu lhe aplicarei sanções secundárias de 100%”, afirmou Mark Rutte.

A medida é estratégica e busca pressionar aliados e nações econômicas fortes para aderirem ao bloqueio econômico contra a Rússia desde a invasão da Ucrânia, em 2022. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o Brasil importou, em 2024, US$ 5,4 bilhões em diesel russo, sendo um dos principais compradores mundiais e alcançando um recorde na balança comercial do produto.

Na última segunda-feira (14), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já havia anunciado que imporá tarifas "muito severas" à Rússia caso um cessar-fogo não seja firmado na guerra em até 50 dias. Segundo a Casa Branca, a medida incluirá tarifas de 100% sobre produtos russos e sanções aos países que comprarem petróleo de Moscou.

Com informações do portal Metrópoles