Publicado em 22 de setembro de 2024 às 10:33
Na noite de sábado, 21, horário de Brasília, soldados israelenses invadiram o escritório da emissora Al Jazeera em Ramallah, na Cisjordânia, cumprindo uma ordem de fechamento por 45 dias. Durante a ação, que ocorreu enquanto a emissora transmitia ao vivo, os militares entregaram a ordem ao chefe da sucursal, Walid al-Omari.
O ministro das Comunicações de Israel, Shlomo Karhi, confirmou a operação, descrevendo a Al Jazeera como "porta-voz" do Hamas em Gaza e do Hezbollah no Líbano. "Continuaremos a lutar nos canais inimigos e a garantir a segurança dos nossos heroicos combatentes", afirmou à Reuters.
Os soldados ordenaram que todos os funcionários presentes deixassem o local com apenas seus pertences pessoais. A emissora denunciou que câmeras e equipamentos de transmissão foram confiscados e danificados. Além disso, um pôster da jornalista Shireen Abu Akleh, morta por forças israelenses em uma operação na Cisjordânia em 2022, foi rasgado durante a invasão.
A Al Jazeera afirmou que o documento apresentado pelos soldados acusava o canal de "promover e apoiar o terrorismo". A ação é mais um episódio das crescentes tensões entre Israel e a imprensa, especialmente em áreas de conflito.