Publicado em 24 de junho de 2025 às 12:27
A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, chamou atenção para o número crescente de acidentes na região. De acordo com dados do governo indonésio, divulgados em março, 180 pessoas se acidentaram e 8 morreram nas trilhas do Parque Nacional do Monte Rinjani entre 2020 e 2025.>
Juliana fazia um mochilão pela Ásia e caiu em um penhasco no último sábado (21), a cerca de 650 metros da encosta, enquanto subia em direção ao cume do vulcão. O corpo dela foi encontrado quatro dias depois, após tentativas de resgate complexas por causa do clima e da dificuldade do terreno.>
Números de acidentes e mortes>
Nos últimos cinco anos, os acidentes na região aumentaram significativamente, principalmente após a pandemia:>
• Acidentes:>
2020 – 21 casos>
2021 – 33 casos>
2022 – 31 casos>
2023 – 35 casos>
2024 – 60 casos>
• Mortes registradas:>
2020 – 2 mortes>
2021 – 1 morte>
2022 – 1 morte>
2023 – 3 mortes>
2025 – 1 morte (Juliana Marins)>
Entre os feridos, 44 eram turistas estrangeiros e 136 locais. Os tipos de acidentes mais comuns envolvem quedas e torções, com 134 ocorrências registradas.>
Por que tantos acidentes?>
Segundo o relatório oficial, o crescimento do turismo no local impulsionou a economia, mas também aumentou os riscos. Muitos visitantes ignoram normas de segurança, como uso de equipamentos adequados, preparo físico e respeito às trilhas sinalizadas.>
Em março, o governo da Indonésia recomendou a criação urgente de um protocolo de busca e resgate, além de melhorias nas sinalizações e nas equipes de salvamento.>
Trilha perigosa>
O Monte Rinjani, com 3.726 metros de altitude, é o segundo vulcão mais alto da Indonésia. A trilha até o cume pode levar de dois a quatro dias e envolve subidas íngremes, clima instável e risco elevado de acidentes, principalmente em épocas de neblina.>
Outros casos recentes>
• Boaz Bar Anam (2022): turista de nacionalidade portuguesa caiu de 150 metros ao tentar tirar uma selfie. Corpo foi encontrado após quatro dias de buscas.>
• Melanie Bohner (2024): suíça morreu ao escalar sozinha uma rota não oficial. Caiu em um barranco.>
• Turista malaio (2024): de 57 anos, caiu de uma ravina de 80 metros após soltar a corda de segurança. Recusou ajuda de guias e estava em meio à neblina.>
Todos os casos envolveram quedas em áreas perigosas, muitas vezes fora das rotas oficiais e sem uso de equipamentos adequados.>
Com informações do G1>