Trump diz que deve conversar com Lula 'em algum momento mas não agora'
Presidente dos EUA enviou carta a Lula anunciando tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e voltou a defender o ex-presidente Jair Bolsonaro
Publicado em 11 de julho de 2025 às 12:06
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11) que pode vir a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “em algum momento”, mas reforçou que isso não deve acontecer agora. A declaração foi dada à jornalista Raquel Krähenbühl, da TV Globo, em Washington.
A fala ocorre dias após Trump enviar uma carta oficial ao governo brasileiro, anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida deve entrar em vigor a partir de 1º de agosto e gerou forte repercussão tanto no cenário político quanto econômico.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de diálogo com Lula, Trump respondeu:
“Talvez em algum momento, mas não agora.”
Na sequência, o presidente norte-americano voltou a criticar o que considera um tratamento injusto ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
“Ele (Bolsonaro) está sendo tratado de forma muito injusta. Já negociei com ele, sei que é um homem honesto e que ama o povo brasileiro. Era um negociador duro, mas honesto”, disse Trump.
A defesa de Bolsonaro por parte do republicano não é novidade. Nos últimos dias, Trump usou as redes sociais para se posicionar sobre o caso e afirmou que o ex-presidente brasileiro está sendo alvo de uma “caça às bruxas”.
Em resposta à carta enviada por Trump e às declarações recentes, o presidente Lula reagiu com firmeza. Em nota oficial, afirmou que o Brasil é um país soberano, com instituições independentes, e que não aceitará qualquer tipo de tutela ou interferência externa.
— O Brasil é um país soberano com instituições independentes, que não aceitará ser tutelado por ninguém — afirmou Lula.
O presidente brasileiro também reforçou que os julgamentos relacionados à tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 são de competência exclusiva da Justiça brasileira e “não estão sujeitos a ingerências ou ameaças que violem a independência das instituições nacionais”.
Com informações do G1
