Trump nega plano para derrubar Maduro e diz que ofensiva militar mira combate ao tráfico

A declaração foi feita na Casa Branca, durante a assinatura da ordem executiva que alterou o nome do Departamento de Defesa para Departamento de Guerra

Publicado em 5 de setembro de 2025 às 21:47

Trump e Maduro
Trump e Maduro Crédito: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta sexta-feira (5) que tenha intenção de derrubar o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela. Segundo ele, a movimentação militar dos EUA no Caribe tem como foco o combate ao tráfico internacional de drogas.

A declaração foi feita na Casa Branca, durante a assinatura da ordem executiva que alterou o nome do Departamento de Defesa para Departamento de Guerra. Questionado sobre a presença de navios de guerra norte-americanos próximos ao território venezuelano, Trump respondeu:

“Não estamos falando sobre isso. Eu só posso dizer que bilhões de dólares em drogas estão entrando em nosso país vindos da Venezuela”.

Embora tenha classificado a eleição que reelegeu Maduro como “muito estranha, para dizer o mínimo”, o líder norte-americano afastou a hipótese de que sua ofensiva tenha como meta uma mudança de governo.

Nova política dos EUA na América Latina

Recentemente, o Pentágono recebeu instruções para intensificar ações militares contra cartéis de drogas na região. Washington passou a classificar alguns desses grupos como organizações terroristas, o que abre margem para operações militares em outros países sob o argumento do combate ao terrorismo.

Entre os alvos, está o cartel Los Soles, que, segundo os EUA, seria comandado pelo próprio presidente Maduro. Além disso, uma embarcação atribuída à facção venezuelana Tren de Aragua foi abatida nesta semana pelas forças norte-americanas no Caribe, resultando na morte de 11 pessoas.

Disputa de narrativas

Enquanto Trump insiste que a operação tem caráter antidrogas, Maduro acusa os Estados Unidos de promoverem uma tentativa de interferência na soberania venezuelana, com o verdadeiro objetivo de controlar o petróleo do país.

No momento, navios de guerra e caças F-35 dos EUA permanecem patrulhando a região, em um cenário que eleva ainda mais as tensões entre Washington e Caracas.

Com informações do Metrópoles