Trump sai em defesa de Bolsonaro e fala 'caça às bruxas' contra o ex-presidente brasileiro
Republicano comparou situação do aliado no Brasil com as investigações que enfrenta nos Estados Unidos e pediu o fim da perseguição.
Publicado em 7 de julho de 2025 às 14:31
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a demonstrar apoio público a Jair Bolsonaro (PL). Em publicação feita nesta segunda-feira (07), em suas redes sociais, o republicano afirmou que o ex-chefe do Executivo Brasileiro é alvo de uma "caça às bruxas", semelhante à que, segundo ele, acontece em solo americano.
“Estarei atento à perseguição contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores. O único julgamento que deveria ocorrer é o das urnas. Isso se chama eleição. Deixem Bolsonaro em paz!”, escreveu Trump, sem mencionar diretamente os processos judiciais que o brasileiro enfrenta.
Bolsonaro responde a diversas investigações no Brasil, sendo réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta participação em um plano golpista após as eleições de 2022. Ele é acusado de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. Se condenado, o ex-presidente pode pegar até 39 anos de prisão.
No texto, Trump afirmou acompanhar o cenário político brasileiro e disse que Bolsonaro “não é culpado de nada, exceto de lutar pelo povo”. Ele também descreveu o ex-presidente como um “líder forte” e um bom negociador.
A aliança entre Bolsonaro e Trump remonta às eleições brasileiras de 2018, quando os dois começaram a trocar elogios publicamente. Em maio deste ano, Bolsonaro chegou a se reunir com Ricardo Pita, conselheiro do Departamento de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, e, na ocasião, afirmou que Trump segue atento aos desdobramentos políticos e jurídicos no Brasil.
Bolsonaro está atualmente inelegível até 2030, após condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. As decisões se referem, entre outros episódios, à reunião com embaixadores em 2022, quando o então presidente atacou, sem apresentar provas, o sistema eleitoral brasileiro, além de ações ligadas ao Bicentenário da Independência, em setembro do mesmo ano.
