Vacina contra o HIV é aprovada nos EUA e promete revolucionar a prevenção do vírus

Com aplicação semestral, medicamento atinge 99,9% de eficácia e é considerado avanço histórico no combate a Aids.

Publicado em 19 de junho de 2025 às 17:46

Vacina contra o HIV é aprovada nos EUA e promete revolucionar a prevenção do vírus
Vacina contra o HIV é aprovada nos EUA e promete revolucionar a prevenção do vírus Crédito: Reprodução/Youtube/@CBCNews

Um passo significativo na luta global contra o HIV acaba de ser dado nos Estados Unidos. A FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora americana equivalente à Anvisa, aprovou nesta quarta-feira (18), a primeira vacina preventiva contra o vírus. Desenvolvido pela farmacêutica Gilead Sciences, o medicamento, batizado de Yeztugo (Lenacapavir), não representa uma cura, mas oferece uma nova forma altamente eficaz de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), com eficácia de 99,9% e aplicação apenas duas vezes ao ano.

O anúncio foi celebrado pela comunidade científica internacional. “É um dia histórico para as muitas décadas de combate ao HIV. Yeztugo é uma das descobertas científicas mais importantes do nosso tempo e nos dá uma oportunidade real de ajudar a acabar com o HIV”, destacou Daniel O’Day, CEO da Gilead Sciences.

A vacina é indicada para adultos e adolescentes com peso a partir de 35 kg, desde que testem negativo para o vírus HIV-1 antes da primeira aplicação. Como em qualquer medicamento, existem possíveis efeitos colaterais, incluindo náuseas e dores de cabeça, mas os estudos demonstraram segurança no uso da substância.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comemorou a aprovação da vacina e reforçou a importância do avanço para o controle da epidemia. De acordo com o programa das Nações Unidas para HIV/Aids (Unaids), cerca de 39,9 milhões de pessoas convivem com o vírus no mundo atualmente. A aprovação da Yeztugo traz novas perspectivas para a redução desse número nos próximos anos, especialmente entre populações mais vulneráveis.

A expectativa agora é de que outras agências reguladoras, como a Anvisa no Brasil, também avaliem a liberação do uso do medicamento, possibilitando que ele chegue a mais países e fortaleça os esforços globais de prevenção.