Veja quais cardeais brasileiros podem estar no próximo conclave

Oito cardeais brasileiros podem ser votados, enquanto sete podem exercer o voto. Dom Orani João Tempesta, que já foi Arcebispo de Belém, está no meio.

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 12:40

Dom Orani João Tempesta, atualmente é arcebispo do Rio de Janeiro, mas já foi arcebispo de Belém em 2006.
Dom Orani João Tempesta, atualmente é arcebispo do Rio de Janeiro, mas já foi arcebispo de Belém em 2006. Crédito: Reprodução/Canção Nova

O processo para escolher o papa da Igreja Católica é conhecido como conclave e tem sido pauta nos noticiários nas últimas semanas. Além do filme 'Conclave', que aborda diretamente o processo eleitoral e que concorre a prêmios no Oscar deste ano, a fragilidade da saúde do papa Francisco, que está internado desde o dia 14 de fevereiro, fez, inevitavelmente, o tema voltar ao centro das discussões.

As regras, apesar de estarem vigentes há centenas de anos, têm sofrido alterações em alguns de seus detalhes ao passar dos tempos. Atualmente, os cardeais são os eleitores do próximo papa e, tecnicamente, também são candidatos. No entanto, o corpo eleitoral tem uma limitação de idade: só podem votar os cardeais abaixo de 80 anos de idade.

Do total de 252 cardeais da Igreja Católica registrados atualmente, 138 podem votar por não terem chegado aos 80 anos. Para que um novo papa seja eleito, são necessários os votos de dois terços dos participantes do conclave.

Após as votações, ocorre a queima das cédulas, o famoso processo que resulta na ascensão da fumaça preta ou branca que sai da chaminé da Capela Sistina e que indica se o novo papa foi escolhido. Caso a fumaça seja preta, isso significa que não houve votos suficientes para a escolha do novo pontífice, mas se a fumaça for branca, está definido o novo líder católico.

Atualmente, o Brasil tem oito cardeais:

– Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo;
– Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida;
– Dom João Braz de Aviz, prefeito emérito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica;
– Dom Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília;
– Dom Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e primaz do Brasil;
– Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre;
– Dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus;
– Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro.

Dos oito brasileiros, apenas Dom Raymundo Damasceno não pode participar do conclave por já ter mais de 80 anos de idade. No entanto, ele pode ser votado já que não existe um critério de elegibilidade para os concorrentes do conclave.

Entre os representantes brasileiros, alguns já participaram de eleições anteriores e chegaram a ter os nomes cotados para serem papas. O cardeal Odilo Scherer, por exemplo, foi um dos cogitados em 2013 para suceder o papa Bento XVI no conclave que elegeu o papa Francisco. Ele segue à frente da Arquidiocese de São Paulo, onde irá permanecer até 2026 por um pedido direto do papa.

O cardeal João Braz de Aviz é outro que estava entre os votantes do conclave que elegeu o papa Francisco em 2013. Nomeado pelo papa Bento XVI ao cargo de prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada, ele permaneceu no cargo até janeiro deste ano, onde foi um dos brasileiros a ocupar o cargo mais alto na estrutura de poder do Vaticano.

Com informações do Pleno News