Publicado em 17 de junho de 2025 às 11:48
Nesta terça-feira (17), a guerra entre Israel e Irã entrou no quinto dia, com a escalada de bombardeios em Teerã e em Tel Aviv. Durante a noite, explosões voltaram a abalar Teerã e sirenes de ataque aéreo dispararam em Tel Aviv, com duas levas de mísseis iranianos. Até agora, o conflito já deixou mais de 220 mortos no Irã e pelo menos 24 vítimas em Israel. >
Nesta madrugada, os israelenses disseram ter matado mais uma liderança militar iraniana – o chefe do Estado-Maior para tempos de guerra. O Irã alertou que está se preparando para o maior e mais intenso ataque de mísseis da história em solo israelense após um bombardeio de Israel atingir a emissora estatal e matar pelo menos dois funcionários.>
Nas últimas horas, a tensão aumentou quando o presidente Donald Trump abandonou a cúpula do G7, no Canadá, e voltou às pressas aos Estados Unidos para se reunir com um gabinete de crise na Casa Branca. Informações apontam que o presidente pediu que o Conselho de Segurança Nacional em Washington ficasse de prontidão na Sala de Situação para uma reunião sobre o tema. De acordo com o jornal The New York Times, o presidente avalia se os Estados devem entrar no conflito e bombardear uma usina de enriquecimento nuclear que fica dentro de uma montanha no Irã.>
O secretário de Defesa, Peter Hegseth, garantiu que os Estados Unidos ainda buscam um acordo nuclear com o Irã e não vão se envolver diretamente em ações ofensivas no conflito. Mais cedo, Trump recomendou que os moradores de Teerã fujam imediatamente da cidade, que tem 10 milhões de habitantes. Ele reiterou que o Irã deveria ter assinado o acordo nuclear antes que fosse tarde demais.>
Antes de deixar o Canadá, o presidente americano assinou uma declaração do G7 em que o grupo afirma que o Irã é a principal fonte de "instabilidade e terror" na região e que "nunca poderá ter uma arma nuclear". O bloco também pede que a resolução da crise no país leve a uma "grande desescalada das hostilidades no Oriente Médio" e a um cessar-fogo em Gaza. No documento, os líderes do bloco econômico reiteram o compromisso com a paz e dizem que Israel tem o direito de se defender.>
O G7 é composto por Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. Ao chegar ao Canadá para participar da cúpula do G7 como convidado, o presidente Lula disse que vai falar sobre o conflito entre Israel e Irã no discurso desta terça. À margem da cúpula do G7, Lula terá encontros separados com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney; com o chanceler alemão Frederich Merz e com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.>