Visita de Zelensky ao Canadá garante US$ 2,5 bilhões em apoio à Ucrânia
Recurso será destinado à reconstrução do país em meio à guerra contra a Rússia
Publicado em 27 de dezembro de 2025 às 21:14
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, garantiu neste sábado (27) um apoio econômico de US$ 2,5 bilhões do Canadá para ajudar na reconstrução do país, duramente afetado pela guerra com a Rússia. O anúncio foi feito após reunião com o primeiro-ministro canadense, Mark Carney.
Zelensky chegou a Halifax na sexta-feira (26), em uma parada estratégica antes de seguir para os Estados Unidos, onde tem encontro marcado com o presidente Donald Trump neste domingo (28). Durante a reunião, Carney condenou os recentes ataques russos à Ucrânia, classificando-os como bárbaros, e defendeu uma união internacional em favor da paz e da reconstrução.
Segundo o primeiro-ministro, os bombardeios reforçam a urgência de apoiar a Ucrânia em um momento decisivo. Para ele, é essencial criar condições para uma paz justa e duradoura, além de garantir ajuda concreta para a recuperação do país.
Zelensky afirmou que os ataques recentes mostram que a Rússia não está disposta a negociar a paz. O presidente ucraniano disse que Kiev quer encerrar o conflito, mas que isso só será possível com pressão internacional e apoio firme dos aliados.
Durante a visita ao Canadá, Zelensky também anunciou que participaria de uma conferência online com líderes europeus para alinhar estratégias antes da cúpula com Trump. Entre os temas estão as exigências territoriais feitas pela Rússia e as garantias de segurança para a Ucrânia.
O líder ucraniano confirmou ainda que apresentará um plano de paz com 20 pontos, elaborado em conjunto com autoridades dos Estados Unidos e já próximo da versão final. O documento prevê medidas para impedir novas agressões russas e ações voltadas à reconstrução do país.
O encontro com Trump acontece em meio a um cenário diplomático delicado. O presidente americano tem feito declarações críticas sobre a guerra, mas também sinalizou expectativa de avanços após a reunião. Enquanto isso, o presidente russo Vladimir Putin voltou a ameaçar o uso da força caso a Ucrânia não aceite as condições impostas por Moscou, mantendo o clima de tensão no conflito iniciado em 2022.
