Publicado em 21 de dezembro de 2023 às 14:22
A advogada Amanda Partata, 31 anos, foi presa na manhã desta quinta-feira, 21, suspeita de matar o ex-sogro Leonardo Pereira Alves, 58 anos, e a mãe dele, Luzia Alves, 86, envenenados. O crime ocorreu em Goiânia, na última segunda-feira, 18. Conforme a primeira linha de investigação da polícia, eles teriam tido complicações por intoxicação alimentar, após tomarem café da manhã com alimentos comprados em uma doceria, mas esta versão já foi descartada. >
Ainda segundo a Polícia, o caso é bem complexo e envolve um grau de psicopatia. 'Vamos ouvir novamente a Amanda, porque existem detalhes relevantes, inclusive de outros crimes relacionados à investigada. O que nós adiantamos é que, de fato, se trata de um duplo homicídio por envenenamento', disse o delegado Carlos Alfama.>
Amanda é advogada. Nas redes sociais, a mulher se apresenta como psicóloga, mas segundo o Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-GO), ela não tem registro profissional ativo no banco de dados do Conselho. De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Carlos Alfama, o crime foi motivado pelo sentimento de rejeição de Amanda, que teve um relacionamento de apenas um mês e meio com um filho de Leonardo. >
O delegado ressaltou que ainda não é possível dizer qual foi o veneno utilizado, mas a suspeita é que ela tenham manipulado a substância fatal em um suco, por ser de mais fácil dissolução no meio líquido. Amanda teria ficado cerca de 3h na residência das vítimas e ouviu as primeiras queixas do ex-sogro e da mãe dele sobre os sintomas como vômitos, diarreia e dores abdominais. O delegado afirma que a mulher não tomou ou comeu qualquer tipo de produto contaminado e fingiu que passou mal.>
O caso começou a ser investigado na última segunda-feira, 18. A esposa de Leonardo, uma das vítimas, registrou um boletim de ocorrência onde contou que a ex-nora havia comprado um doce para família comer no café da manhã de domingo,17. Ela, o marido Leonardo e a mãe dele Luzia, e a ex do filho teriam comido o doce. >
Mas, cerca de 3h após o consumo, eles começaram a passar mal da barriga, além de apresentarem vômito e diarreia. Leonardo e mãe foram internados, mas não resistiram e morreram no mesmo dia. A ex-nora, também conforme o relato, comeu a sobremesa em menor quantidade. Ela estava indo para Itumbiara, quando também começou a sentir os sintomas e retornou à capital.>
Inicialmente, a família acreditava que o doce havia causado as mortes por estar contaminado e, por isso, exigiu a investigação. Porém, a polícia e os demais órgãos de fiscalização, como o Procon Goiás, visitaram as unidades da empresa para averiguar os produtos, em busca de irregularidades e evidências da contaminação.>
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