Publicado em 25 de julho de 2024 às 08:30
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que recentemente defendeu a aplicação de um pente fino nos programas sociais que resultou em uma economia de R$ 26 bilhões, disse em entrevista, na noite da última quarta-feira, 24, que o governo quer resgatar a robustez dos programas sociais. >
"Queremos resgatar robustez dos programas sociais, mas houve descontrole de cadastros", disse o ministro. Haddad reiterou ainda que irá perseguir o déficit primário zero, sobretudo com um cenário internacional desafiador como o que se apresenta. >
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Haddad também disse que, caso as regras de vinculação do Orçamento não sejam alteradas, as despesas obrigatórias irão comprimir os gastos discricionários do governo federal. A desvinculação do Orçamento é uma proposta apresentada pela Fazenda e pelo Planejamento como forma de ajustar as contas públicas. >
Na entrevista à GloboNews, o ministro disse ainda que estão sendo traçados cenários para o aumento das faixas de isenção e para a diminuição da alíquota sobre o consumo, em meio à regulamentação da reforma tributária. >
Ao ser questionado sobre a discussão em torno do indexador da dívida dos Estados, o ministro reforçou que o indexador dos débitos merece ser revisado. Contudo, disse Haddad, "um acordo com os Estados não pode desarrumar as contas da União". >
"Há parâmetros aceitáveis para negociação com Estados sobre dívida. Temos de entrar em entendimento, inclusive com Estados não devedores", disse. >
Haddad afirmou também que os cálculos da Fazenda estavam corretos, o que significa que o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a desoneração da folha de pagamentos vão custar R$ 40 bilhões aos cofres públicos em 2024 >
Sobre a relação entre a Fazenda e o Banco Central, Haddad disse que a autarquia precisa entender que a Fazenda faz um trabalho diário de acompanhamento das contas. "O BC vai fazer todas as contas para tomar melhor decisão para País", disse o ministro. >
Fonte: Estadão Conteúdo >