Homem de 34 anos 'muda de cor' após iniciar tratamento com antidepressivo; veja

Um empresário norte-americano de 34 anos viu a vida mudar quando, graças a uma reação adversa rara, teve a cor da pele alterada após iniciar tratamento com um antidepressivo. Tyler Monk havia iniciado o tratamento para depressão e ansiedade e seu remédio tinha fluoxetina, substância ativa do popular medicamento...

Publicado em 28 de setembro de 2022 às 09:18

Um empresário norte-americano de 34 anos viu a vida mudar quando, graças a uma reação adversa rara, teve a cor da pele alterada após iniciar tratamento com um antidepressivo.

Tyler Monk havia iniciado o tratamento para depressão e ansiedade e seu remédio tinha fluoxetina, substância ativa do popular medicamento Prozac.

Nas redes sociais da esposa, Monk contou que começou a usar o remédio em janeiro de 2021, após ser diagnosticado com ansiedade e depressão. No entanto, dois meses depois, a pele das orelhas, pescoço e rosto ganhou um tom de azul acinzentado, que logo se espalhou para os braços, mãos e pernas. Neste momento, o homem interrompeu o tratamento por algumas semanas, mas além da pele continuar escurecendo, ele também ficou sensível ao sol e com os olhos irritados e extremamente vermelhos.


@tmonk88 Before meds / now #blue ♬ original sound - tmonk88

'Primeiro, eles pensaram que era fotossensibilidade, ou seja, estava tendo uma reação à luz. Porém, mesmo me cobrindo, ainda estou ficando mais escuro. Não consigo nenhuma resposta dos especialistas, então decidimos postar no TikTok', disse Monk, ao lado da esposa, Emily, em um vídeo. O casal contou ainda que tentou dar o máximo possível de informações para as duas filhas para que elas não ficassem assustadas com a condição do pai.


@emymonk4 Update #2 of my hubby! Did the meds make his depression worse? Why we cant see other docs? A surprise! #greyman #mentalhealth #anxiety #medicalmystery #tueninggrey #updates #worldwide #findinganswers #fyp #viralvideo #tiktokviral #melanin #melaninpoppin #autoimmunedisease @tmonk88 #eatingcornstarch #euphoria #vibewithus #hmautumnhaul ♬ original sound - Emily Monk

Os médicos consultados por Mink descartaram a relação dos sintomas com outras doenças ou condições autoimunes. Ele relata que 'Os especialistas disseram que eu estava saudável, e eu não tinha outros sintomas importantes. O fato é que eles realmente não sabem porque eu estou mudando de cor'. O diagnóstico não está fechado ainda, mas a principal suspeita é que Monk tenha desenvolvido uma reação à fluoxetina.

No Brasil, o psiquiatra Wilson Lessa Júnior, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), explica que o antidepressivo é da classe dos inibidores seletivos da receptação da serotonina (ISRS), que pode regular a síntese de melanina, pigmento que dá cor à pele. No entanto, em casos extremamente raros, o remédio pode desencadear a produção excessiva da melanina. 'A fluoxetina aumenta a atividade da enzima tirosinase e aumenta a melanogênese', disse. O quadro já foi descrito em um estudo publicado em 2018 no National Library of Medicine. O levantamento mostrou evidências de que o fluoxetina pode aumentar a síntese de melanina.

Com informações do DailyMail