Indiano se torna a primeira pessoa da história a ser infectada por um fungo até então exclusivo de plantas

Cientistas revelam a primeira pessoa da história a ser infectada com um fungo típico de plantas. O estudo de caso sairá na edição de junho de 2023 da revista científica Medical Mycology Case Reports. Os médicos da rede de hospitais Apolli Multispecualty, em Kolkata, na Índia, atenderam um paciente de 61 anos que...

Publicado em 30 de março de 2023 às 13:30

Cientistas revelam a primeira pessoa da história a ser infectada com um fungo típico de plantas. O estudo de caso sairá na edição de junho de 2023 da revista científica Medical Mycology Case Reports.

Os médicos da rede de hospitais Apolli Multispecualty, em Kolkata, na Índia, atenderam um paciente de 61 anos que queixava de tosse recorrente, rouquidão, dificuldade para engolir, dor de garganta e fadiga, que duravam cerca de três meses.

O homem, que não teve a identidade revelada, é caçador de cogumelos e não tinha problemas de saúde subjacentes.

Os médicos fizeram exames de raio-X e tomografia computadorizada. A radiografia do tórax parecia 'normal', mas os resultados da tomografia computadorizada revelaram um abscesso paratraqueal no pescoço. Esse tipo de problema pode bloquear as vias aéreas e levar a infecções fatais se não forem detectadas e tratadas rapidamente.

O homem foi diagnosticado com uma infecção por fungo e passou por tratamento com medicamentos (durante dois meses), terapua antifúngica e drenagem cirúrgica do pus (absesso). Esse material foi enviado para um centro de pesquisa no norte da Índia que colabora com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Após análise do pus, foi descoberto que o homem havia sido infectado pelo Chondrostereum purpureum, um fungo comum em plantas que causa a doença prateado-das-frutíferas.

Essa condição infecta a madeira e as folhas de algumas árvores, fazendo com que elas fiquem cinza-prateadas. Ela se espalha entre as plantas por meio de esporos transportados pelo ar.

Os médicos que atenderam o indiano confirmaram que, após dois anos de consultas de acompanhamento, ele não apresentou complicações e estava livre da doença. Também não havia evidências de que a condição pudesse retornar.

Com informações do Trends Br