Publicado em 24 de julho de 2024 às 16:10
Cassiano Cirilo Anunciação, conhecido popularmente como Batará, proprietário do jornal Diário do Amazonas, faleceu em dezembro de 2023 e deixou um legado controverso que agora se desenrola nos tribunais, envolvendo denúncias graves entre os filhos. >
Cyro Batará Anunciação, foi nomeado como inventário do espólio do pai pela viúva, Waldelina Tavares Anunciação. A decisão causou descontentamento em Francisco Cirilo Anunciação, filho do primeiro casamento de Cassiano, que argumentou que a viúva não está em condições de tomar decisões por ter uma doença degenerativa, sendo comprovado por laudo médico e apresentado à justiça, a incapacitando de gerir a herança do marido. >
Essa discordância sobre as decisões feitas pela viúva do pai, faz com que Cirilo alega que seu irmão Cyro tem cometido uma série de irregularidades financeiras, utilizando a conta bancária da mãe. >
De acordo com Cirilo, o irmão possui acesso exclusivo a conta pessoal de Waldelina, tendo acesso a senhas pessoais dessas contas e aos tokens, de onde foram realizadas transferências bancárias de altíssimo valor. Um dos documentos apresentados, mostra um extrato bancário que mostra a transferência de R$ 10 milhões diretamente para as contas de Cyro, e outras transações menores destinadas a ele e pessoas próximas, como sua filha. >
Além das transferências, Cirilo também faz denuncias sobre saques significativos feitos logo após a morte do pai. Com valores que variam de R$ 40 mil a R$ 225 mil, levantando suspeitas sobre a intenção e a legalidade dessas ações. >
Uma das acusações levantadas por Cirilo é sobre a mudança de união estável para casamento com regime de separação obrigatória de bens entre Cassiano e Waldelina em 2018, que incluiu partilha parcial de bens. Cirilo acusa o irmão de ter se beneficiado dessa mudança e acredita ter sido uma manobra para transferir bens para Cyro. >
A disputa entre eles também envolve a transferência de um imóvel de Cassiano para Cyro, supostamente realizada de forma fraudulenta e sem a devida autorização do pai. Cirilo afirma que a viúva do pai, Waldelina, que já estava debilitada pela doença, assinou documentos de transferência de bens com extrema dificuldade. Segundo ele, as assinaturas não conferem com as originais registradas no 3º Ofício de Notas de Manaus, sendo levantada possíveis fraudes na obtenção das assinaturas. >
Na petição, Cirilo também relata um empréstimo de R$ 3,5 milhões da empresa Ana Cássia, administrada por Cyro, em favor de uso próprio, registrado na declaração de imposto de renda de 2023. >
Além disso, Cirilo levanta como denuncia a alienação de imóveis feita por Cyro dois dias após a morte do pai, por valores abaixo do mercado, e também acusa o irmão de alienação parental contra a mãe, afetando suas áreas financeira, psicológica e patrimonial. Segundo Cirilo, esses motivos são suficientes para que a justiça afaste Cyro da posição de inventariante. >
Cirilo pede para que a justiça nomeie um inventariante mais adequado e argumenta que a atual situação financeira e de saúde da mãe não a torna responsável por essa função com a devida imparcialidade. A batalha judicial pelo inventário de Cassiano Cirilo Anunciação se intensifica com cada nova acusação e documento apresentado. Ele espera que a justiça investigue a fundo as ações de Cyro para garantir que o patrimônio deixado pelo pai seja administrado de forma justa e transparente. >