Publicado em 10 de julho de 2024 às 09:08
Dois falsos médicos, que não tiveram suas identidades reveladas, foram presos na última terça-feira, 9, por exercício ilegal da profissão, no Espírito Santo. Segundo informações da Polícia Civil, os suspeitos se passavam por oftalmologistas e teriam atendido cerca de 900 pessoas desde maio, quando as operações criminosas começaram, em Vitória, depois, em municípios do interior do estado. >
Como atuavam >
Os suspeitos costumavam oferecer os serviços de mutirões de atendimentos a lideranças comunitárias e igrejas. Eles organizavam mutirões de atendimento para forçar pessoas a comprarem óculos com preços superfaturados. >
“Eram exames gratuitos, quando as pessoas chegavam lá, eram atendidas por duas pessoas sem nenhuma qualificação, essas pessoas utilizavam material próprio destes médicos, e quando as pessoas eram atendidas, eles tentavam empurrar um óculos de uma qualidade inferior, com um preço muito acima do mercado”, explicou o delegado Eduardo Passamani, responsável pelo caso. >
O delegado informa, ainda, que os óculos podiam ser encontrados na internet, com valores variando entre R$ 30 e R$ 40. No entanto, os criminosos os vendiam por preços como R$ 300, R$ 400 e até mesmo R$ 500. >
“Nós verificamos documentos que indicam que eles estavam fazendo este serviço por intermédio de uma ótica e essa ótica já foi identificada, os proprietários serão investigados tanto por propaganda enganosa, porque eles divulgavam um serviço que não poderiam oferecer, investigados também pelo crime de falsidade”, afirmou Passamani. >
Ainda segundo a polícia, um dos presos era, na verdade, instrutor de autoescola e o outro, um vendedor que no momento está desempregado. A dupla vai responder pelo crime de exercício irregular da medicina em liberdade. Se condenados, a pena pode variar de 2 a 6 anos de reclusão. >