Publicado em 10 de fevereiro de 2023 às 19:34
A professora de pole dance Ana Carolina Onésio, de 23 anos, abriu uma denúncia contra o Hospital Life Center, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em Minas Gerais, após ter ficado com a vagina necrosada devido uma cirurgia no fêmur. De acordo com a jovem os médicos alegaram a situação ocorreu devido uma 'intercorrência médica' durante o procedimento cirúrgico, mas, não explicaram como ocorreu a lesão no órgão genital.>
'Na primeira vez que falei com o diretor do hospital, ele falou que havia ocorrido uma 'intercorrência médica'. Falei que não foi intercorrência. Foi erro', contou a professora.>
O drama da profissional começou no dia 3 de dezembro de 2022. De acordo com a professora, ela realizava movimentos na barra de pole dance para umas alunas quando em um determinado momento, fraturou o fêmur. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) acionado e levou a jovem até o Hospital João XVIII.>
Ana Carolina realizou exames que confirmaram a lesão e então foi transferida para o Hospital Life Center, onde foi diagnosticada com um tumor no fêmur. A instrutora realizou uma biópsia e, segundo ela informou, foram 23 dias à espera do resultado, sem que ao menos pudesse operar o osso que estava fraturado.>
'Fiquei 23 dias quebrada. O osso já estava calcificando', lembrou.>
Após a confirmação de que o tumor era benigno e receber um diagnóstico de displasia óssea, a jovem passou pelo processo cirúrgico. De acordo com a ela, o procedimento era para ter durado uma hora e meia, mas ela ficou dentro do centro cirúrgico por três horas. Durante o período, ela conta que acordou três vezes da sedação. Ao voltar para o leito, ela disse que havia algo de errado com sua vagina:>
'A anestesia passou. Eu coloquei a mão na minha vagina e vi que ela estava desconfigurada, inchada. Senti uma dor imensa'.>
Ela conta que relatou a situação aos enfermeiros, mas eles não sabiam explicar o que havia acontecido. Carolina acredita que a lesão pode ter sido causada por um instrumento chamado coxim, que é usado para a proteção do órgão durante a cirurgia.>
'A cirurgia durou o dobro do tempo previsto. Acordei três vezes e eles tiveram que me sedar novamente. Ninguém pensou que o coxim poderia estar me machucando?', questionou ela.>
Segundo ela, o órgão sexual ficou inchado por dois dias: 'Estava roxo. Pensaram que fosse um edema. Ficaram mais assustados quando começou a necrosar'.>
Devido a lesão, a jovem explica que passou 36 dias a mais que o previsto internada. Ela ficou o Natal e o Ano Novo no hospital. Segundo ela, as dores eram muito fortes e chegou a ter que tomar morfina a cada duas horas. Ela conta que foi diagnosticada com depressão pós-traumática por uma psiquiatra contratada pela unidade de saúde, que havia recomendado uma cirurgia de reparação de sua vagina para que seja feita em quatro meses, após a professora se recuperar.>
Segundo Ana Carolina, o hospital prometeu sessões de fisioterapia domiciliar, mas não aconteceu. Ela afirmou ainda que teve que pagar R$ 60 por cada uma das sessões de laser no órgão sexual. Além disso, ela revela que para conseguir custear o tratamento, ela faz rifas, as quais anuncia em seu perfil no Instagram.>
'Já estou com uma advogada e vou processar o hospital', afirmou.>
Veja o que diz o hospital na íntegra:>
'O hospital informa que a paciente necessitou de uma cirurgia complexa proveniente de uma patologia grave, sendo que, em sua recuperação, é necessário realizar sessões de fisioterapia especificas na unidade com equipamentos de suporte que não podem ser transferidos para a sua residência. Uma equipe multidisciplinar especializada está à disposição e acompanhando a recuperação da paciente.>
A administração do hospital ressalta que está em contato constante com a paciente e sua representante para apoiá-la nesse momento.>
A unidade reitera que está à disposição da paciente e empenhada em lhe oferecer o melhor apoio para esse momento'.>
Com informações do Extra>