Síndrome de Patau; conheça a doença que causou a morte do filho de Zé Vaqueiro

Condição genética rara e grave foi a causa da morte do filho de Zé Vaqueiro. Estimativa é que síndrome afete um em cada quatro mil nascimentos. A condição compromete gravemente o desenvolvimento do feto e, em muitos casos, resulta em aborto espontâneo.

Publicado em 9 de julho de 2024 às 19:19

Filho do cantor Zé Vaqueiro nasceu com a síndrome.
Filho do cantor Zé Vaqueiro nasceu com a síndrome. Crédito: Divulgação / Instagram

Na madrugada desta terça-feira, 9, morreu o filho do cantor Zé Vaqueiro e Ingra Soares, Arthur, aos 11 meses. Ele nasceu com a síndrome de Patau, uma condição genética rara e grave que consiste na presença de um cromossomo a mais no bebê.

A doença é causada pela trissomia do cromossomo 13, quando aparece uma carga genética a mais do que deveria ter. Ela acontece de forma acidental e não existe uma causa específica.

Os bebês nascidos com síndrome de Patau apresentam baixo peso e uma série de alterações fisiológicas e malformações. Em alguns casos, pode haver microcefalia.

A síndrome não é hereditária, apesar de ser genética. É o que explica a Dra. Patrícia Braga, geneticista do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR).

A síndrome é uma condição genética, mas acontece de forma acidental durante a formação embrionária da criança. Não existe um componente que vem do pai ou da mãe. É algo acidental que acontece na formação dessa criança

Patrícia Braga

Geneticista do CIIR

Por se tratar de uma alteração genética, a síndrome de Patau não tem cura. O que existe são tratamentos, acompanhamentos ao longo da vida, com fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, assim como o cuidado com as malformações.

Infelizmente, as crianças têm uma baixa expectativa de vida. Geralmente, em torno no máximo de um ano de vida, devido às malformações, geralmente cardíacas ou neurológicas mais graves

Patrícia Braga

Geneticista do CIIR

Pela condição de ser um acidente genético, qualquer pessoa está suscetível a ter um filho com a doença, como qualquer outra síndrome genética.

A geneticista faz o alerta para os fatores de risco da síndrome.

Sabe-se que a idade materna acima dos 40 anos pode facilitar com que isso aconteça, mas esse fator por si só não é o único determinante

Patrícia Braga

Geneticista do CIIR

Ainda segundo a geneticista do CIIR, geralmente, no pré-natal já é possível identificar algumas malformações por meio de ultrassom gestacional. Quando a criança nasce, é possível fazer a avaliação física da criança e comprovar por meio de exames genéticos.