Publicado em 24 de julho de 2024 às 13:11
Uma mulher negra foi morta a tiros por um policial dentro de sua casa, após ligar para a emergência em Illinois, nos Estados Unidos. O caso aconteceu em 6 de julho, mas as imagens da câmera de segurança que registrou o assassinato, só foram liberadas pela polícia estadual na última segunda-feira, 22. A morte da vítima, identificada como Sonya Massey, 36 anos, chocou os Estados Unidos. >
Segundo informações, Sonya foi baleada por conta de uma panela com água fervendo. Nas imagens, é possível ver que Sonya estava desarmada e pediu desculpas ao policial segundos antes de levar três tiros. As imagens são fortes. >
O policial que matou Sonya se chama Sean Grayson e foi indiciado na semana passada por um grande juri de Illinois. Ele se declarou inocente das acusações de homicídio em primeiro grau, agressão agravada com arma de fogo e má conduta oficial. O policial foi demitido na semana passada e está preso na Cadeia do Condado de Sangamon sem fiança. Se condenado, ele enfrenta penas de prisão de 45 anos a perpétua por homicídio, 6 a 30 anos por agressão e 2 a 5 anos por má conduta. >
As autoridades disseram que Sonya havia ligado para o 190 para relatar um suposto intruso. Os dois policiais responderam ao chamado pouco antes da 1h da manhã (horário local) de 6 de julho em sua casa em Springfield, 322 quilômetros a sudoeste de Chicago. Sonya Massey levou três minutos para abrir a porta, depois que os delegados bateram, e ela imediatamente disse: "Não me machuquem." >
Os agentes andaram ao redor da casa, mas não avistaram ninguém pelo terreno. Eles encontraram um SUV preto com vidros quebrados na entrada, que Sonya não soube responder quem era o dono. Ela também parecia confusa enquanto conversava na porta e repetiu que precisava de ajuda. >
Durante a abordagem, os policiais pediram para que a mulher mostrasse um documento de identificação e os três entraram na casa de Sonya para ela procurar pelo documento. Dentro da casa, os oficiais pareciam impacientes enquanto ela se sentava no sofá e vasculhava sua bolsa enquanto eles pediam sua identificação para completar um relatório antes de sair. Então Grayson apontou uma panela sobre uma chama no fogão. >
A situação ficou tensa quando Sonya manuseava a panela. Ela e Grayson pareciam rir juntos sobre sua panela de "água fervendo" antes de ela dizer inesperadamente: "Eu te repreendo em nome de Jesus." >
"É melhor você não fazer isso ou eu juro por Deus que vou atirar no seu rosto." Ele então puxou sua pistola 9mm e exigiu que ela largasse a panela. Sonya se abaixou e se levantou brevemente, o que fez o policial disparar em sua cabeça. Quando o disparo aconteceu, Grayson ainda estava na sala de estar, de frente para Sonya e separado por um balcão que dividia a sala de estar e a cozinha. Os promotores disseram que a separação proporcionava ao policial tanto "distância quanto cobertura relativa" da mulher e da panela de água quente. >
Outro agravante para o policial foi que, após o disparo, Grayson desencorajou seu parceiro de pegar um kit médico para salvar a mulher. "Você pode pegar, mas é um tiro na cabeça", disse ele. "Não há nada que você possa fazer, cara”. Observando que Massey ainda estava respirando, ele cedeu e disse que também pegaria seu kit. O outro delegado disse: "Podemos pelo menos tentar parar o sangramento." >
Grayson disse aos policiais que responderam: "Ela tinha água fervente e veio até mim, com água fervente. Ela disse que ia me repreender em nome de Jesus e veio até mim com água fervente." >
O promotor do caso disse que Sonya Massey havia passado por tratamento para problemas de saúde mental recentemente. Ele observou que ela invocou o nome de Deus desde o início do encontro e pediu sua Bíblia depois que os delegados entraram. >
O caso está sendo investigado. >