Publicado em 17 de junho de 2025 às 10:22
A Polícia Federal (PF) finalizou a investigação sobre um esquema ilegal de espionagem que teria sido montado dentro da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o relatório, o esquema monitorava, de forma clandestina, pessoas que eram consideradas “inimigas” do governo na época.>
Com a conclusão do inquérito, a PF pediu o indiciamento de 35 pessoas. Entre elas estão o próprio Jair Bolsonaro, seu filho Carlos Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) – que comandava a Abin – e até o atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, por atrapalhar as investigações.>
O que a PF descobriu:>
• Ramagem, quando era diretor da Abin, teria organizado todo o esquema de espionagem;>
• Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, seria o chefe do chamado “gabinete do ódio”, grupo que usava as informações obtidas ilegalmente para atacar adversários nas redes sociais;>
• Jair Bolsonaro teria conhecimento do esquema e se beneficiado dele;>
• A atual direção da Abin também foi envolvida, por, segundo a PF, ter tentado impedir o avanço das investigações já no governo Lula.>
Segundo os investigadores, policiais, servidores públicos e funcionários da Abin formaram uma verdadeira organização criminosa. Eles teriam usado ferramentas compradas ainda nos governos de Michel Temer (MDB) e Bolsonaro para invadir celulares e computadores de autoridades públicas, jornalistas e outras figuras importantes.>
Entre os principais alvos da espionagem estão o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, os ex-presidentes da Câmara Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Maia, além do senador Renan Calheiros (MDB-AL).>
O caso agora deve seguir para o Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se aceita as acusações e autoriza o prosseguimento da ação penal contra os envolvidos.>
Com informações do Estadão Conteúdo >