Publicado em 25 de agosto de 2025 às 07:50
Parlamentares da base do governo Lula articulam a convocação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para prestar depoimento na CPI do INSS, instalada na última semana, em Brasília. A estratégia dos governistas é neutralizar o controle da oposição sobre a comissão, que conquistou tanto a presidência quanto a relatoria, e ao mesmo tempo blindar o Palácio do Planalto de desgastes políticos.>
Além do ex-presidente, estão na mira do governo ex-integrantes de sua gestão, como José Carlos Oliveira, presidente do INSS entre 2021 e 2022; o ex-ministro do Trabalho e Previdência Onyx Lorenzoni; e o senador Rogério Marinho (PL-RN), que comandou a Secretaria de Previdência entre 2019 e 2020.>
Enquanto mira antigos adversários, a base governista tenta evitar que Frei Chico, irmão do presidente Lula, seja chamado a depor. Citado em um relatório da Controladoria-Geral da União por ligação com um sindicato, ele não é alvo de investigação, e a entidade nega qualquer irregularidade.>
A coordenação política da base ficará a cargo do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), em articulação direta com a ministra Gleisi Hoffmann (PT-PR). Na última quarta-feira (20), ambos se reuniram com Lula no Palácio da Alvorada para definir os próximos passos.>
A ofensiva é uma resposta à derrota sofrida pelo governo, que viu a presidência da CPI ficar com o senador Carlos Viana (Podemos-MG) e a relatoria com o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). No Planalto, a avaliação é de que falhas na articulação política abriram espaço para o avanço da oposição.>
Para recuperar terreno, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, deve apresentar aos parlamentares medidas recentes, como bloqueio de pagamentos fraudulentos, ajustes no sistema do INSS e a devolução de cerca de R$ 1 bilhão a aposentados e pensionistas.
Com informações do Pleno News>