Publicado em 10 de junho de 2025 às 09:20
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (10) que pretende apresentar vídeos e se defender de forma detalhada durante seu depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. “Se eu puder ficar à vontade, posso falar por horas”, declarou ao chegar à Corte, em Brasília.
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Bolsonaro será o sexto a ser ouvido entre os oito réus considerados parte do “núcleo central” da investigação, que estão prestando depoimento à Primeira Turma do STF nesta semana. Ele afirmou que levará entre 11 e 12 vídeos curtos com falas e atos públicos que, segundo ele, comprovariam que “o golpe não existiu”.>
“Não sei qual vai ser o humor dos ministros, do procurador-geral. Mas o golpe não existiu”, reforçou.>
Estratégia de defesa>
O ex-presidente afirmou que, ao longo do período investigado, foi alvo de censura e acusações infundadas. “Fui proibido de fazer live no Alvorada, que era minha casa. Fui acusado de um montão de coisas, até de pedofilia, pelo deputado Janones”, disse, adiantando parte da estratégia que deve adotar no interrogatório.>
Bolsonaro também sinalizou que manterá o discurso de desconfiança sobre a segurança das urnas eletrônicas, mencionando vídeos de políticos que já criticaram o sistema eleitoral. “Tem vídeo do Flávio Dino condenando a urna eletrônica, do Carlos Lupi dizendo que sem voto impresso é fraude. Eu não estou inventando”, declarou.>
Inquérito no STF>
As oitivas dos réus começaram nesta segunda-feira (9), com os depoimentos do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, e de Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A investigação apura a existência de um plano para subverter o resultado das eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder.>
Com informações do G1>