Bolsonaro fala em possível troca de tarifa de Trump por anistia e Lula critica: 'patriota falso'

Bolsonaro ainda ironizou a condução do governo Lula nas relações exteriores, afirmando que teria mais habilidade para negociar diretamente com Trump e reverter o tarifaço.

Publicado em 28 de julho de 2025 às 09:23

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Reprodução Crédito: Agência Brasil 

Em entrevista a jornalistas, o ex-presidente Jair Bolsonaro causou polêmica ao sugerir que a retirada da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros poderia ser negociada em troca de uma possível anistia por parte do presidente americano, Donald Trump, com quem mantém relação próxima.

“Vamos supor que Trump queira anistia. É muito?”, questionou Bolsonaro, ao tentar justificar uma negociação que envolveria interesses pessoais em meio a sanções que afetam diretamente o setor econômico brasileiro. A fala foi interpretada por muitos como uma tentativa de chantagem diplomática, em que o povo brasileiro seria usado como moeda de troca para livrar o ex-presidente de responsabilidades judiciais.

Bolsonaro ainda ironizou a condução do governo Lula nas relações exteriores, afirmando que teria mais habilidade para negociar diretamente com Trump e reverter o tarifaço. Ele também criticou os ataques recentes do filho, Eduardo Bolsonaro, ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e tentou minimizar o embate interno da direita.

A resposta do presidente Lula veio com força. Em fala dura, acusou Bolsonaro de subordinação aos interesses dos Estados Unidos:

“Manda o filho dele – ‘vai lá, pede pro Trump me absolver’ (ironizou) – e fica abraçado na bandeira americana, esse patriota falso. A bandeira verde e amarela vai voltar a ser do povo brasileiro. O Bolsonaro que se abrace com a bandeira americana, transfira seu título e vá votar lá”, disparou.

A troca de farpas intensifica o clima de tensão entre os dois líderes e expõe as disputas ideológicas que ultrapassam o campo político, alcançando o plano internacional. Enquanto isso, a tarifa de 50% continua afetando a economia brasileira, sem perspectiva concreta de reversão diplomática.

Com informações de Metrópoles