Conselho de Ética da Câmara abre processos contra deputados por motim no plenário

Os deputados participaram do motim que ocupou o plenário da Câmara após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Publicado em 7 de outubro de 2025 às 15:27

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Câmara dos Deputados Crédito: Reprodução 

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu nesta terça-feira (7) processos disciplinares contra os deputados Marcos Pollon (PL-MS), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC). Os três participaram do motim que ocupou o plenário da Câmara após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL. Os três participaram do motim que ocupou o plenário da Câmara após a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Os pedidos de punição foram apresentados pelo corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA), e encaminhados à Mesa Diretora. A pena mais severa pode recair sobre Pollon, que responde a duas representações — por ocupar a mesa da presidência e por ofensas ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Van Hattem e Zé Trovão também podem ser suspensos por 30 dias. O primeiro se recusou a deixar a cadeira da presidência, e o segundo é acusado de impedir a chegada de Motta à mesa durante o protesto.

Durante a sessão, foram sorteados os nomes dos possíveis relatores dos processos. O presidente do Conselho, Fábio Schiochet (União Brasil-SC), definirá posteriormente quem assumirá cada relatoria.

Outros 11 deputados envolvidos no episódio, entre eles o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), receberam apenas censura por escrito, considerada uma advertência formal.

O motim ocorreu no retorno do recesso parlamentar, quando aliados de Bolsonaro ocuparam os plenários da Câmara e do Senado para pressionar pela votação do chamado “pacote da paz”, que incluía anistia a apoiadores do ex-presidente, fim do foro privilegiado e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes (STF).