Conteúdo de pen drive achado em casa de Bolsonaro é irrelevante, diz perícia

O pen drive foi localizado durante operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação que apura suposta coação ao sistema de Justiça brasileiro por parte de Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Publicado em 21 de julho de 2025 às 10:41

Ex-presidente Jair Bolsonaro
Ex-presidente Jair Bolsonaro Crédito: Reprodução

A análise do pen drive encontrado em um banheiro da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília, foi concluída pela Polícia Federal. De acordo com fontes ligadas à investigação, o material armazenado no dispositivo não tem relevância para o inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).

O pen drive foi localizado durante operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação que apura suposta coação ao sistema de Justiça brasileiro por parte de Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Após a apreensão, o dispositivo foi encaminhado ao laboratório da PF para perícia. A expectativa inicial era de que o material pudesse conter informações sensíveis relacionadas às ações do ex-presidente. No entanto, a análise técnica descartou qualquer relevância para o processo investigativo.

Questionado na sexta-feira (18) sobre o item, Bolsonaro alegou desconhecimento:

“Olha, uma pessoa pediu para ir ao banheiro, eu apontei o banheiro, e voltou com um pen drive na mão. Nunca abri um pen drive na minha vida. Eu não tenho nem laptop em casa para mexer com pen drive. A gente fica preocupado com isso.”

O conteúdo do dispositivo chegou a ser tratado como potencialmente importante para o inquérito que investiga crimes contra o Estado Democrático de Direito, mas acabou descartado como peça de valor probatório.

Além do pen drive, a operação também resultou na apreensão de:

• US$ 14 mil em espécie;

• R$ 8 mil em dinheiro vivo;

• Uma cópia impressa de uma ação protocolada nos Estados Unidos pela plataforma de vídeos Rumble contra o ministro Alexandre de Moraes, sob a acusação de censura judicial.

A ação conta com o apoio da Trump Media & Technology Group, empresa ligada ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

As investigações seguem em andamento sob sigilo, com novas diligências previstas nos próximos dias.

Com informações do G1